Arthur Virgilio foi o grande campeão da resistência contra a CPMF na reta final
Durante o dia, foi preciso a liderança da bancado do PSDB agir duro para conter a pressão feita por seus próprios governadores
"O governo opta pela prepotência achando que senador obedece a governador. Jamais abrirei mão da autonomia da minha bancada. Quebrar minha coluna dorsal, ninguém quebra", afirmou ele.
Arthur Virgílio ameaçou abandonar a liderança do PSDB no Senado Federal se os demais parlamentares não concordassem com a derrota da CPMF no plenário.
"Não sou obrigado a permanecer líder do partido nem mais um segundo. Eu não consigo dar para trás na palavra que empenhei. Haja o que houver, se eu estiver certo, esta posição deve ser dividida com a minha bancada. Se eu estiver errado, a responsabilidade é completamente minha", disse ele.
O tucano disse que foi obrigado a se indispor com figuras "estimadas" do partido, em uma referência direta aos governadores José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG), que pressionaram a bancada para votar a favor da prorrogação da CPMF. Virgílio admitiu que a bancada do PSDB no Senado viveu momentos de "tensão" após sucessivas ofertas do Executivo para tentar convencer os tucanos a aprovarem a CPMF.
Continuou Arthur Virgilio: "Se quiser efetiva negociação conosco a partir de janeiro, sem demagogia, tudo bem. Se começarem amanhã os desrespeitos, aí fica impossível negociar. Não consigo negociar com quem me chantageia, ameaça”.
Comentário do Bengochea - Parabéns àqueles que não se deixaram comprar ou intimidar. Existe uma rasto de luz no Senado. Quem sabe um dia se resgate a credibilidade perdida ou se peça a extinção desta casa, compondo uma só Câmara . Com este ato democrático e fiel aos anseios da nação poderia se reduzir o número de parlamentares e servidores na casa legislativa, cortar o orçamento previsto destinando apenas o necessário, e exigir atitude nas questões de ordem pública e o cumprimento do cargo dentro dos padrões da ética e da probidade. No caso da CPMF, o Senado deu o exemplo que a Câmara de Deputados sonegou ao povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário