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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O CONGRESSO NA MIRA DOS BRASILEIROS

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ZERO HORA 05 de dezembro de 2016 | N° 18706


POLÍTICA + | Juliano Rodrigues



A exemplo dos protestos que antecederam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, milhares de brasileiros foram às ruas ontem em uma mobilização contra os políticos. Dessa vez, o principal alvo é o Congresso, personificado pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Depois do Fora Cunha, que ajudou a empurrar Eduardo Cunha para uma cela em Curitiba, surgiram novos slogans: o Fora Renan e o Fora Maia.

O motivo das mobilizações é o movimento dos políticos, capitaneados por Renan e Maia, de mutilar o pacote anticorrupção. O discurso dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato de que projetos como o do abuso de autoridade por parte de magistrados e membros do Ministério Público podem custar o andamento das investigações conquistou a adesão de parte da população. Diversos cartazes em defesa da Lava-Jato e dos responsáveis por investigar e julgar os crimes praticados no seu âmbito foram vistos nas ruas.

Além disso, foram estendidas faixas contra os deputados e senadores. A maior e mais expressiva estava na Avenida Paulista, em São Paulo, com os dizeres: “Congresso Corrupto”. Assim como nos protestos contra o governo Dilma Rousseff, as manifestações foram convocadas pelo Vem Pra Rua e pelo MBL. Embora os dois grupos tenham deixado claro que a mobilização não era contra o governo Temer, houve menções, em menor escala, contra o peemedebista. Um dos líderes do Vem Pra Rua, Rogério Chequer, foi para as redes sociais explicar:

– O Vem Pra Rua não é a favor de Fora Temer. Não temos nenhum interesse de tirar o Temer do poder.

A série de protestos aumenta a pressão sobre o Congresso em uma semana que promete votações polêmicas pelo Legislativo. Resta saber se os protestos terão efeito prático sobre os parlamentares, que já se mostraram insensíveis na terça-feira passada, quando mantiveram a sessão mesmo após a tragédia envolvendo o avião da Chapecoense. O mesmo Congresso que cancela sessões para que parlamentares nordestinos possam participar de festas juninas em suas bases.

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