VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

VOTO ÚTIL PARA O PAÍS - POR UMA VIDA MENOS ELEITOREIRA





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"Por uma vida menos eleitoreira - Eduardo Lima Silva é Jornalista e perito criminalístico, ZH 20/05/2009

Exceto em Utopia, o país inventado por Thomas Morus (1480-1535), onde o povo recebia o melhor de um governo perfeito, é compreensível que os processos eleitorais realizados a cada dois anos afetem de alguma forma a sociedade. No entanto, o que se tem verificado é que a escolha bienal de ocupantes de cargos públicos fez com que o cotidiano acabasse conduzido permanentemente pelos humores eleitoreiros.

Em qualquer esfera, os que fazem da política uma atividade profissional estão sempre envolvidos com as eleições. Seja na preparação para um próximo pleito, seja na disputa em torno de uma votação presente, seja nas explicações ou acusações a respeito do resultado de um sufrágio acontecido. Situações essas que terminam contaminando todo o período de 24 meses que intercala a ida dos cidadãos às urnas.

A consequência direta é o inevitável envolvimento da sociedade com o emaranhado de questões que surgem a cada momento. De onde veio o dinheiro da campanha? Que reforma política será feita? Qual é a eleição que está sendo investigada agora? Quando começa a próxima comissão de inquérito? Quem está batendo boca com quem?

Os processos eleitorais deixaram de ser meios para a seleção de condutores do desenvolvimento social. Eles são fins em si mesmos. O mundo real é substituído pela vida eleitoreira. Não são mais as ideologias ou programas partidários que determinam as ações dos detentores de mandatos, mas sim os posicionamentos e decisões que maiores vantagens podem trazer em um pleito futuro.

Como resultado, as razões principais pelas quais parlamentares e governantes deveriam ser escolhidos ficam em um segundo plano. Ao contrário de se organizarem para proporcionar as mais completas condições para a população, os políticos tendem a utilizar os cargos públicos na captação de votos para a eleição seguinte. Do cabide de emprego à farra das passagens aéreas. E as políticas de verdade que se lixem!

O problema não são as eleições a cada dois anos. A grande dificuldade está em separar o momento do sufrágio do que realmente importa: o bem-estar social. Talvez seja preciso encontrar uma solução para o fato de a política ter virado um ofício como outro qualquer. Ou, ao menos, que esses “profissionais” permitam que a vida de todos seja menos eleitoreira. Como? Trabalhando, ora!"

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Não existem formulas de desenvolvimento para um país onde povo e governantes param a cada dois anos para uma nova uma eleição. Os políticos brasileiros trabalham apenas um ano para o Brasil e deixam o outro fica para reforço ou busca de suas ambições pessoais. No ano de eleições, tiram da gaveta e reativam suas promessas eleitoreiras. Isto mesmo, são sempre as mesmas questões e as mesmas promessas. Não há renovação. Batem na mesma tecla. Tentam fazer acreditar que possuem a solução para tudo, inclusiva para a tríplica calamidade - EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURANÇA. Justamente aquelas que são as mais depreciadas e desprezadas pelos governantes ao longo dos anos neste país.

A cada dois anos estas "velhas", "desbotadas" e "carcumidas" soluções recebem capa nova e identificam novos vilões, esquecendo que foram no passado os vilões. Levantam a bandeira da esperança, desfraldam a honestidade, exigem cidadania e patriotismo e juram pela obediência às leis e pelo zelo com o bem público. São palavras jogadas na mídia para que o vento do esquecimento possa levar para bem longe.

Cada político, a cada dois anos, tentará cativar com seu carismo a maior massa do eleitorado para objetivos que o interesse individual e o dos caciques do seu partido não deixarão.

POR ESTE MOTIVO é que sou sou a favor de eleições a cada QUATRO ANOS e defendo o voto facultativo, a eleição na lista do partido (para votar no programa e na honestidade do partido e não nas promessas vãs de um só indivíduo), a extinção do $enado, o corte pela metade do orçamento atribuído às casas legislativas e nas altas cortes do judiciário, a redução em um terço do número de deputados e vereadores e IGUALDADE salarial nos cargos públicos nos três Poderes de Estado, de modo que se congele os salários abusivos para não falir o poder diante da alta demanda por pessoal.

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