VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

É HORA DE DIMINUIR O PODER DE BRASÍLIA



ZERO HORA 05/02/2016.


Wagner Lenhart 




É recomendável que, em momentos de crise, as pessoas consigam extrair lições dos erros cometidos, refletir sobre as alternativas existentes e aproveitar a oportunidade para corrigir os rumos. A situação do nosso País, todos sabem, é extremamente delicada. Estamos diante de uma crise econômica aguda, em que a representação política encontra-se desacreditada, esquemas de corrupção são revelados com uma regularidade alarmante, e a população parece estar atônita, sem saber ao certo o que fazer.

Sugiro uma linha de ação. Devemos exigir que a classe de privilegiados que hoje nos governa em Brasília, bem refestelada em seus confortáveis gabinetes, cercada de asseclas e bajuladores, repleta de mordomias e benesses, devolva o poder para a sua verdadeira origem, ou seja, para os cidadãos.

Basta de concentrar poder no governo federal. É hora de reverter o processo de centralização, reorganizar a federação e reaproximar o cidadão da política. Nesse sentido, respeitar os princípios da subsidiariedade e do autogoverno, através da limitação da ingerência do governo na vida das pessoas e da ampliação do papel dos estados e dos municípios dentro da dinâmica federativa, é fundamental para a construção de um País mais livre, justo e próspero.


Associado honorário do IEE






COMENTÁRIO DO BENGOCHEA
- Brasília se transformou numa Versalhes moderna. Isolada do povo, distante das questões nacionais, se lixando para os direitos fundamentais do povo e centralizando as decisões, a justiça, os recursos e a maior parte dos impostos, sem dar a devida contrapartida ao povo e falindo das unidades federativas, os poderes da União instalados em Brasília se assemelham na postura, no descaso e nos erros cometidos pela corte de Versalhes cujo fim todos sabemos. Ou a república se volta para sua condição federativa, ou vai encontrar uma revolta dos Estados, dos municípios e da sociedade organizada que não aguentam mais o declínio federativo, o clamor da população e as afrontas aos seus direitos.

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