VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A POLÍTICA SOB VIGILÂNCIA



ZERO HORA 02 de fevereiro de 2016 | N° 18433


EDITORIAIS



O Congresso Nacional abre o ano legislativo nesta semana com várias pendências de 2015, entre as quais a decisão sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma, o pedido de afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e votações decisivas do projeto de ajuste fiscal, com destaque para a proposta de retorno da CPMF. Esgota-se, um mês e meio depois do início do recesso, o período de trégua que pode ter atenuado os confrontos políticos, mas em nada mudou o cenário da economia. Nesse tempo, o governo pouco avançou em relação a novas propostas que possam tirar o país do retrocesso econômico e tampouco fez movimentos mais decididos no sentido de buscar uma aproximação com sua própria base legislativa.

O grande desafio agora é fazer com que o país retome a vida normal, a partir de decisões que passam necessariamente pelo Executivo e pelo parlamento. O que se espera é que o previsível debate sobre temas como o impeachment, que são da natureza de democracia, não acabe por paralisar o país. Foi o que aconteceu no segundo semestre do ano passado, quando não só a frágil situação da presidente da República, mas também a do comandante da Câmara, deputado Eduardo Cunha, contribuíram para tumultuar ainda mais um ambiente político há muito tempo distante da normalidade.

Temas relevantes, como o ajuste fiscal, ainda dependente da votação de projetos do governo, não podem ser simplesmente boicotados pela oposição, com a cumplicidade de parte de aliados do Planalto. Espera-se que não se repita o que ocorreu quando, ao invés de reconhecer o mérito de medidas adotadas em nome do começo do ajuste, parte do Congresso criou despesas que apenas agravam o desequilíbrio entre receita e despesas.

É impositivo, neste momento, que os cidadãos e as forças representativas da sociedade mantenham intensa vigilância sobre seus representantes no parlamento, para evitar que interesses políticos subalternos continuem bloqueando o esforço do país para sair de suas múltiplas crises. O governo, apegado à tática do aumento de impostos, terá de fazer a sua parte, para que não continue transferindo responsabilidades sobre os próprios desacertos.

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