VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

ÉTICA E DECORO



ZERO HORA 15 de dezembro de 2015 | N° 18386



EDITORIAIS






A Comissão de Ética da Câmara tem um dever prioritário, antes mesmo de encaminhar o julgamento do deputado Eduardo Cunha: restaurar o próprio decoro. Aliás, esse não é um trabalho só para uma comissão, é para todo o parlamento. A semana que passou foi trágica para a imagem do Legislativo brasileiro, com deputados se agredindo física e verbalmente, trocando empurrões, tapas e cabeçadas, quebrando urnas e utilizando todo tipo de artifício para defenderem seus pontos de vista, quando não seus interesses pessoais. Os brasileiros sentiram vergonha do comportamento de seus representantes.

A crise política que vive o país até justifica uma certa tensão, pois caberá ao Congresso Nacional, nos próximos dias, a tomada de decisões importantes e talvez até históricas. Compreende-se que a disputa partidária se mantenha acirrada. Mas certamente não será com agressividade e desrespeito aos colegas que os parlamentares alcançarão os seus propósitos. Parlamento é lugar de debate civilizado, de convencer com argumentos e não com gritos e safanões.

Ao protagonizarem esse deprimente vale-tudo nas sessões que estão sendo transmitidas para o público, os parlamentares brigões comprometem a imagem da Casa e da própria atividade política. No momento em que os olhos da nação se voltam para o Congresso, o mínimo que se espera é um comportamento adequado por parte de políticos que detêm a representatividade dos cidadãos. Os tumultos refletem, certamente, a baixa qualidade das lideranças, mas também revelam indivíduos despreparados para o convívio civilizado. O Brasil merece uma representação parlamentar mais digna.

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