VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A CONFIANÇA QUE FALTA



ZERO HORA 03 de setembro de 2015 | N° 18283


EDITORIAIS



São corretas as avaliações da conjuntura nacional que levam em conta a falta de confiança na capacidade de reação e de articulação do governo. É o sentimento de empresários e economistas, para os quais o Executivo deveria ser o primeiro a transmitir segurança a quem empreende e corre o risco de tomar decisões. Merece registro, como voz respeitada no contexto nacional, a advertência nesse sentido feita pelo ex-ministro Delfim Netto, que reproduziu em artigo publicado na Folha de S. Paulo o sentimento médio de que o governo, ao invés de inspirar confiança, vem passando insegurança ao setor produtivo.

Há na reflexão uma referência direta ao impasse do ajuste nas contas públicas, ao qual o economista se refere como “tragédia fiscal”. A advertência reforça a sensação de que o governo continua titubeante em relação ao ajuste, enquanto pede determinação de quem produz. É uma contradição a ser superada, sob pena de agravar ainda mais a situação do país. A presidente da República precisa buscar o convencimento da sociedade sobre as razões do ajuste fiscal, que considera indispensável, ainda que não suficiente, para – como diz Delfim – “criar as condições mínimas de credibi- lidade do governo”.

Não há como fazer a correção drástica de rumos na economia, a começar pelo equilíbrio fiscal, sem que os condutores da política oficial transmitam clareza e determinação ao setor produtivo. Se o próprio governo é incapaz de dizer a empresas e trabalhadores que acredita no que propõe, fica difícil cobrar mobilização para que o país saia da recessão. A presidente deveria abandonar a soberba e ser mais receptiva a alertas como esse, para que as mensagens governistas sejam unificadas e haja um mínimo de coerência entre o discurso e as atitudes governamentais.

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