VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

CRISE DO ESTADO E A MIOPIA DOS GOVERNANTES


JORNAL DO COMÉRCIO 03/09/2015



Mateus Jarros



O que mais se vê por aqui são políticos e estadistas focando apenas o curto prazo. John Maynard Keynes, economista considerado o pai do intervencionismo econômico, disse: "no longo prazo, estaremos todos mortos". Sua frase passou a ser a senha para a irresponsabilidade fiscal dos governantes que ignoram o inevitável futuro e a chegada das contas, quando nem todos estarão mortos.

No caso do estado do Rio Grande do Sul, não resta dúvida de que se peca pelo excesso de miopia. O "aqui e agora" recebe um peso desproporcionalmente grande na equação, e a prudência fica de lado. Esse é o comportamento de todos os governantes eleitos no Estado nas últimas décadas. O resultado que sentimos agora (o futuro no qual não estamos mortos) é insatisfatório e muito doloroso para a maioria.

Com grande parte da receita do Estado destinada todos os meses para pagamento de funcionalismo, resta muito pouco para se fazer frente a outros gastos. O problema se agrava quando o governador propõe o aumento do ICMS. Este projeto de lei não é um ajuste de contas visando ao futuro, mas um aumento do já gigantesco Estado. O aumento do ICMS não é um remédio, muito menos é a cura. Simplesmente busca transferir o fardo da incompetência dos burocratas para o cidadão comum.

A crise que o estado do Rio Grande do Sul vive é o exemplo claro da miopia dos governantes e da falência do estado intervencionista. A cada ano, se gasta mais e se contrata mais funcionários públicos, mas se esquece da origem da receita do Estado: são as empresas e os cidadãos que, ao produzirem e enriquecerem, aumentam a base tributária do próprio Estado! Logo, para que o Rio Grande do Sul se sustente no longo prazo, precisa deixar o caminho livre para se empreender e produzir.

Economista e associado do IEE

COMENTÁRIOS

Fernando S Junior - 03/09/2015 - 23h59 - É lógico que o Estado precisa de mais servidores públicos. Do modo que foi colocado parece que tem servidor em excesso em todas as áreas. Mas onde cortar servidores? Quais órgãos? Cortar o número de professores, profissionais da área da saúde ou policiais? É preciso informar onde, tem locais que faltam muitos servidores.

Nenhum comentário: