ZERO HORA 16 de abril de 2016 | N° 18501
POLÍTICA + | Rosane de Oliveira
PINGUE-PONGUE. PEDRO SIMON - Ex-senador do PMDB
Com mais de meio século de vida pública, o senador Pedro Simon sugere que, aprovado o impeachment, Michel Temer proponha nova eleição para presidente e vice. E teme que a Lava-Jato seja esvaziada.
Como o senhor imagina o país se o impeachment for aprovado?
Eu gostaria que o Temer renunciasse à Presidência e propusesse a realização de eleições para presidente e vice-presidente. Seria a oportunidade de restabelecer a moral do país. Se fizer isso e garantir de forma total e plena que a Operação Lava-Jato conclua sua ação, Temer poderá entrar para a História como um estadista.
O senhor defende novas eleições porque Temer não teria governabilidade?
Se o PT ficar, é desgraça. Eu tenho pena porque não sei o que eles vão fazer da vida. O PT iniciou o governo do Lula muito bem, depois se seduziu. Lula passou a ser amigo de empreiteiros, viajou pelo mundo. Eles poderão voltar às origens, fazer uma higiene. O PT, na oposição, é genial. Vai ser um terror, eles criarão um ambiente de terrorismo.
O senhor teme pelo futuro da Operação Lava-Jato?
Pela primeira vez na vida, o Brasil está deixando de ser o país da impunidade. Há um grande movimento que está muito assustado com a Lava-Jato. Claro que não é nem o Temer. As circunstâncias que se criarão farão com que a Operação Lava-Jato praticamente desapareça. Ela será levada a não ter condições. A operação foi longe demais. O Lula, o PT, se dependesse deles, ela já não existiria. Por outro lado, este mérito o PT tem: de ter dado autonomia para a PF. O medo que tenho é de que isso caia. Garantir a continuidade é muito importante.
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