VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 12 de abril de 2016

PRESSÃO, SIM. INTIMIDAÇÃO, NÃO



ZERO HORA 12 de abril de 2016 | N° 18497



EDITORIAIS





Movimentos favoráveis ou contrários ao impeachment estão mapeando o posicionamento dos deputados federais que decidirão sobre o envio do pedido ao Senado, no próximo domingo. A exposição pública dos parlamentares, assim como a abordagem e o envio de mensagens, deve ser considerada um exercício democrático perfeitamente aceitável. O que ultrapassa esse direito dos cidadãos é a agressividade, as manifestações intimidatórias diante da residência de deputados, o constrangimento a familiares e outras formas de coação. O Brasil não pode sair pior deste doloroso momento de sua história.

A cerca metálica instalada na Esplanada dos Ministérios para isolar, de um lado, os favoráveis ao impeachment e, de outro, os contrários, dá uma ideia do grau de beligerância que ameaça colocar em risco a integridade física de militantes. Quando até mesmo parlamentares, treinados cotidianamente a conviver com a diversidade de opiniões, não conseguem manter a serenidade, como ficou visível ontem na votação do relatório de impeachment na comissão especial, é compreensível que essa exaltação de ânimos, presente também entre familiares e amigos, transborde para as ruas.

Seria inimaginável que um processo político da importância desse em andamento no país pudesse transcorrer sem passionalismo e sem cobrança direta aos que vão decidir sobre o caso no Congresso. Ainda assim, tanto líderes de movimentos populares quanto os próprios políticos precisam manter um mínimo discernimento neste momento tão decisivo para o país. O primeiro passo para isso é manter-se dentro dos limites da democracia, privilegiando o diálogo baseado em argumentos, e não a força, na defesa de diferentes pontos de vista sobre o futuro político.

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