VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 13 de março de 2009

OS 3 ADJETIVOS E OS 7 PECADOS CAPITAIS DOS POLÍTICOS



"Desonestos, insensíveis e mentirosos"

Esses são alguns dos adjetivos que os brasileiros atribuem aos
parlamentares, segundo pesquisa do Ibope encomendada por VEJA.
O estudo mostra que, embora a maioria dos entrevistados considere o Congresso
fundamental para a democracia, a imagem dos que hoje o habitam não poderia ser pior


OS 7 PECADOS CAPITAIS DOS POLÍTICOS - Revista Veja de 31/01/2007


Leviandade

Razões – Sem coerência nem princípios, mudam de partido como quem muda de camisa. Só na última legislatura 194 deputados trocaram de partido – alguns até seis vezes.
Como expiar – Ampliar de um para quatro anos o tempo mínimo de filiação partidária obrigatória para poder se candidatar pela legenda.

Desonestidade

Razões – Sete dos nove grandes escândalos envolvendo política e corrupção nos últimos quinze anos tiveram como palco o Congresso.
Como expiar – Punir melhor e mais rapidamente. Quem renuncia para não ser cassado deve ser punido do mesmo modo – e não pode voltar a se candidatar.

Formação de quadrilhas

Razões – Muitos parlamentares se elegem como testa-de-ferro de fraudadores e outros assaltantes do Estado.
Como expiar – A começar pelas assembléias estaduais, vigiar, punir e banir quem enriquece na política.

Avareza

Razões – Eles só se mobilizam mesmo para aumentar o próprio salário. Ganham mais do que a imensa maioria de seus pares de países muito mais ricos que o Brasil.
Como expiar – Cortar pela metade o salário e o número de deputados federais e estaduais, acabar com as câmaras municipais em cidades médias e pequenas ou tornar a atividade de vereador não remunerada.

Preguiça

Razões – Os parlamentares trabalham pouco. Comparecem ao Congresso três dias por semana. Têm direito a recesso de 55 dias por ano.
Como expiar – A redução dos dias de recesso de noventa para 55 foi um avanço conseguido no ano passado. Mas a solução é avaliá-los por projetos feitos e aprovados.

Alienação

Razões – Brasília é de Marte, o Brasil é de Vênus. Na última legislatura, 37% dos projetos de lei de iniciativa do Legislativo aprovados no Congresso foram frivolidades: criação de datas nacionais e homenagens a personalidades.
Como expiar – A culpa não é só dos deputados e senadores. A existência de leis que só podem ser criadas pelo Executivo, como as orçamentárias, engessa a atuação do Congresso.

Intocabilidade

Razões – Eles não prestam contas à sociedade. Gastam dinheiro público como se fosse deles.
Como expiar – A Câmara já expõe na internet os gastos com as despesas dos gabinetes. O Senado ainda não. Cada centavo despendido precisa ser justificado em uma página aberta na internet.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA

Os Poderes de Estado que deveriam governar o Brasil e o povo brasileiro que deveria defender o país toleram todos estes pecados de seus políticos. Para eles não existe justiça, polícia, controladoria e leis. Agem impunemente às vistas de todos e usam subterfúrgio, promessas evasivas, voto de liderança, voto secreto e transparência fechada para esconder suas tramóias e objetivos. Quem manda são os CACIQUES que conseguem comprar os votos dos indios com cargos, privilégios e favores. O sistema político, as brechas nas leis, a constituição corporativista, o judiciário moroso e conivente, o MP amarrado e as polícias sucateadas e depreciadas propiciam tais resultados nocivos à nação e ao bem público. De nada adianta o eleitor investir numa pessoa honesta, pois esta não terá voz ou poder de decisão para mudar o "status quo" de improbidades, omissões e negligências de quem já é profissional no Poder. O enriquecimento no poder é usado para aliciar. A pessoa honesta sem força para enfrentar este poder, se rende e pode ser corrompida pelo ambiente aristocrático vigente na corte de Brasília. Um ambiente que age nas sombras, mas seus efeitos percorrem outros interesses dentro dos Poderes de União e nas unidades federativas, como peças de dominó contaminando a todos. Estamos no Brasil, uma vergonha.

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