VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Servos também enriquecem na Corte - Incômodo datilógrafo




Incômodo datilógrafo - por Klécio Santos ZH 04/03/2009

Só os ritos inconfessáveis do Senado para explicar como um datilógrafo se transforma em milionário. Servidor de carreira, Agaciel Maia ingressou na Casa na década de 1970. Soube como poucos aproveitar as oportunidades criadas a partir das relações obscuras com o poder. Nomeado diretor-geral em 1995 por José Sarney, manteve-se no posto por 14 anos. Comandava um orçamento de R$ 2,7 bilhões, maior que o de Porto Alegre.

Ao ser flagrado ocultando do fisco uma mansão avaliada em R$ 5 milhões, Agaciel se tornou uma companhia desagradável para os senadores. Mas não perdeu o cargo por conta do patrimônio acumulado, tampouco por ser alvo de investigações da Polícia Federal. Agaciel foi defenestrado para preservar justamente quem o acobertou à frente do cargo, mesmo que tenha deixado uma trilha de suspeitas sobre sua gestão.

Há muito tempo que o Senado é comandado por um seleto grupo. É a mesma turma que absolveu Renan Calheiros e que sempre age rápido para esvaziar sucessivos escândalos, atropelando qualquer iniciativa moralizadora. Não por acaso, Calheiros tratou de retirar o senador Jarbas Vasconcelos da Comissão de Constituição e Justiça, a principal do Senado. Afinal, Jarbas ousou escancarar o mar de lama da política nacional. Ontem, quando Jarbas subiu à tribuna para reafirmar suas denúncias de corrupção no PMDB, Sarney fez questão de arranjar um compromisso fora do plenário. Talvez não precisasse mesmo ouvir.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA

Que estranho? Como pode uma pessoa se tornar um milionária sem nascer numa família de posse, casar com uma pessoa rica ou ganhar na loteria?

Como pode esta pessoa ter enriquecida no serviço público, onde existem vários controles e punições?

Vejo esta situação como um deboche, uma vergonha e um "soco na cara" nocauteando a paciência do brasileiro. O crime de sonegação em outros países é tratado como crime gravíssimo, pois desvia recursos oriundos de impostos e outras fontes públicas que deveriam ser direcionados para garantir direitos do povo como educação, saúde e segurança.

Nesta questão, é tamanha a desonestidade que atinge os Poderes de Estado que são baixos os níveis de confiança nas leis e nos governantes e a sonegação no comércio e na industria é tratada como ação de justiça popular, como se fosse uma retaliação contra abusos, imoralidades e prática de taxas exorbitantes imposto pelo Estado, e não como um crime que lesa a pátria.

No Brasil, os sonegadores e astutos ficam impunes sob as asas de poderes paralelos, ajudados pelas benevolência da lei, pela desmoralização da justiça e pela capitulação do povo diante desta violência. Alguns até renunciam ou abdicam do cargo, mas não entregam o dinheiro público sonegado e nem sofrem qualquer punição pelo ato ilícito e imoral praticado. Pelo contrário, continuam exercendo o poder e até retornam aos cargos públicos, devidamente referendado.

Tudo isto com a conivência e inércia dos instrumentos de controle que contam com a tolerância da sociedade, como se não houvessem agravantes. Se fosse em outro país, haveria uma revolução nacional.

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