A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
sábado, 9 de outubro de 2010
A CEGUEIRA POLÍTICA
A cegueira política, por João Gomes Mariante, Psicanalista, escritor - Zero Hora, 09/10/2010
Na volta que estamos a dar ao redor do pleito eleitoral, diante da atual política do país e da constante busca de uma característica para defini-la, emana da nossa visão interna e se evidencia um arrasador conceito: de decadência e calamidade da conduta de muitos políticos atuais.
O deprimente panorama da recente disputa resultou, para muitos, numa festarola circense e em um pagode burlesco. No entanto, para os eleitores de escrúpulo cívico, não passou de uma cabriolice de picadeiro, de um assentimento acanhado de conjurações político-partidárias, destinadas a desmoralizar os homens e as instituições.
A história dos pleitos eleitorais certamente registrará tais desconcertantes evidências como um propósito tendencioso e irreverente, como um atentado irresponsável às franquias democráticas. Sem dúvida, analisará a concentração de uma subcultura, ou melhor, a predominância de um processo de aculturação indesejável.
As manobras políticas de conchavo e conluios lançaram no picadeiro um dócil e simplório histrião, que de atilado nada tem e de ladinice está pleno.
Tiririca é o personagem político do momento. O cognome do jocoso cômico é de consciência lenhosa, mais citadina que interiorana, é conhecido como erva daninha e invasiva.
Alguém, não lembro quem, acenou que o personagem em foco porta o simbolismo de uma metáfora. Diria que representa mais uma sinistra alegoria bufônica, expressando uma incógnita. Sua atuação programática está centralizada no deboche, na ironia primária, como plataforma.
Expressivo caudatário de votos, dependente robotizado do farisaísmo dos seus mentores, vê-se destinado a deambular pelos corredores da Câmara com o objetivo precípuo de promover gargalhadas.
O desenrolar dos acontecimentos irá elucidar alguma dúvida ou suspeita, se ele é apenas um polichinelo teleguiado ou um saltimbanco oriundo das provetas do maniqueísmo político.
As contingências do momento não se alheiam da possibilidade de haver o predomínio de propósitos inconfessáveis de catapultar um profissional do riso à dimensão do ridículo, para ridicularizar a já tão corrompida instituição.
O renomado candidato integra o cenário eleitoral como um artefato destinado a imantar os holofotes da mídia sensacionalista.
A intensidade da convergência cintilante caiu como amaurose sobre a visão dos seus eleitores. A cegueira virtual contagiou votantes lúcidos; sugeriu-lhes depositar nas urnas um silencioso protesto contra a corrupção e a impunidade. Seus eleitores quedaram-se desprovidos de visão, o que gera o aforismo: “O pior cego é o que não quer enxergar”.
O fenômeno Tiririca, similar aos coetâneos reais ou não, prenuncia a probabilidade de cronificar a permanência da cegueira política e dar-lhe um destino permanente.
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