VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CRISE EXIGE REINVENÇÃO DOS PARTIDOS E DO JUDICIÁRIO


ANÁLISE POLÍTICA | Benedito Tadeu César. Crise exige a reinvenção dos partidos. Zero Hora, 05/10/2010.

Partidos políticos são organizações que têm como objetivo maior de suas existências a conquista e a manutenção do poder ou, ao menos, a participação em governos. É o meio de se manterem vivos e atuantes.

Para conquistar esse objetivo, os partidos políticos precisam demonstrar competência para articular, internamente, um grau salutar de competição entre seus integrantes com uma dose elevada de cooperação entre eles, além de um processo eficiente de renovação de seus integrantes.

Junto à sociedade, os partidos precisam demonstrar competência para expressar politicamente os anseios das parcelas sociais que pretendem representar, como forma de se legitimarem no poder. Em uma democracia, o meio de legitimação do poder é o voto. Sem ele, por mais competente que um partido seja em vários aspectos, invariavelmente perece.

Em todo o mundo, quando um partido político perde a capacidade de responder às expectativas de seus eleitores e não adquire a capacidade de formular propostas capazes de atrair o interesse de novos eleitores, ele começa a definhar e só sairá da crise se conseguir se reinventar.

No Brasil, o PDS e o PFL não foram capazes de se reformular a ponto de manter os eleitorados que haviam conquistado no final do regime militar, não obstante as mudanças de siglas que promoveram, para PP e DEM, respectivamente. O MDB, ao contrário, reformulou-se ao final do regime militar e, não obstante tenha acrescido apenas um P à sua antiga sigla, tornou-se o maior partido político do Brasil e do Rio Grande do Sul.

Hoje, a crise atinge o PMDB do Rio Grande do Sul e exige que ele se reinvente no Estado.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - As eleições de 2010 revelaram muito do verdadeiro sistema político e judiciário brasileiro. Os Poderes de Estado da República Federativa do Brasil precisam se reformular, transformar e mudar comportamentos e estrutura. Estas eleições comprovaram que o objetivo maior dos partidos é a conquista do poder. Atender os anseios da nação é secundário. Os partidos escolhem seus candidatos pelo poder de conquistar voto seja financeiro ou carisma. Os candidatos não são escolhidos pela capacidade política, pelo conhecimento dos problemas nacionais ou pelo talento legislativo. Ao lado da desordem política, vigora uma justiça morosa, divergente, burocrata e omissa entre outras mazelas que impedem a aplicação coativa da lei e permitem contradições e asneiras que comprometem a confiança neste poder.

A escolha do Tiririca, o voto de protesto, a eleição e o processo posterior de impedimento por suposto analfabetismo; as divergência e a indecisão judicial na aplicação da lei Ficha-limpa; a inutilidade do título do eleitor e a não eleição de uma candidata com número expressivo de votos mostram a caricatura política e judicial do Brasil.

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