VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A REJEIÇÃO AOS POLÍTICOS

 

ZERO HORA 28 de outubro de 2015 | N° 18338


EDITORIAL



Pesquisa nacional do Ibope divulgada na última segunda-feira revela que todos os possíveis candidatos presidenciais para 2018, independentemente do partido, têm alta rejeição por parte da população. O resultado reflete o desencanto dos brasileiros com seus representantes políticos, especialmente neste momento de crise econômica e de suspeitas generalizadas de envolvimento de ocupantes de cargos públicos com a corrupção. E não se trata de nenhuma campanha de difamação: investigações independentes do Ministério Público, da Polícia Federal e do próprio Judiciário é que vêm evidenciando a participação de políticos em falcatruas e irregularidades na gestão dos recursos públicos.

Como bem evidenciou o filósofo espanhol Fernando Savater na sua participação no evento Fronteiras do Pensamento, em Porto Alegre, a corrupção é sempre condenável, mas só assume dimensões insuportáveis numa democracia quando está associada à impunidade. Talvez seja esse o maior recado do levantamento que aponta para a rejeição dos candidatos: a população não suporta mais a hipocrisia, o uso irresponsável de mandatos, a apropriação do Estado e a traição da representatividade.

Por isso, em contraponto à decepção com governantes, parlamentares e servidores que agem mal, os cidadãos vêm devotando total apoio aos juízes e agentes públicos que não transigem com a corrupção – como ficou claro no episódio do mensalão e como fica a cada dia mais evidente na Operação Lava- Jato. Falta, agora, que essa indignação gere consequências práticas, especialmente na escolha dos futuros dirigentes do país.

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