VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

ACORDOS ESPÚRIOS



ZERO HORA 16 de outubro de 2015 | N° 18326


EDITORIAIS



São inaceitáveis os acordos em articulação no Congresso em torno da figura do presidente da Câmara. Um dos movimentos envolveria aliados do governo, que participam do esforço para evitar a cassação do mandato do deputado, suspeito de mentir a seus pares sobre depósitos secretos na Suíça. Em troca, o senhor Eduardo Cunha desistiria da ideia de aceitar um dos pedidos de abertura de processo de impeachment contra a presidente da República. Ao mesmo tempo, em manobras nas sombras, oposicionistas cortejam o parlamentar, com o objetivo de conseguir sua adesão ao plano de desencadear o processo de impedimento.

Não são iniciativas que possam ser consideradas eticamente sustentáveis. O presidente da Câmara é um político fragilizado pelo fato de que está sob investigação, como suspeito de envolvimento na Lava-Jato, e pelas recentes informações de autoridades da Suíça de que detém, comprovadamente, contas sigilosas com pelo menos US$ 2,4 milhões. Nessas circunstâncias, é inconcebível que ainda se sinta no direito de continuar comandando a segunda casa legislativa do país. E, o mais grave, que seja paparicado por governistas e oposicionistas, como o homem capaz de definir o destino da presidente da República.

A crise que preocupa a todos não pode ser amplificada por posturas que desmoralizam ainda mais seus próprios protagonistas. As articulações depreciam o parlamento, não contribuem para a resolução dos conflitos e ampliam a desconfiança da sociedade. A população espera que tais negociatas não prosperem e que, em último caso, o Supremo se encarregue de arbitrar o desfecho legal para conchavos que desonram a política.

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