Nadir Silveira Dias
Precisa morrer a União que mumifica a consciência do seu povo com programas de esmolação mínima. Precisa morrer a União que absorve a maioria da riqueza sem nada devolver em contrapartida. Precisa morrer a União que gasta demais, que gasta mal e não alcança majoritariamente senão objetivos escusos. Precisa morrer a União que tudo tira e nada dá! Precisa morrer a União que jura a Constituição e governa por medidas provisórias de exceção. Precisa morrer a União que não tem vergonha de gastar bilhões em verba de publicidade e entope todas as cidades cada vez com mais pedintes nas ruas. Precisa morrer a União que permite por sua fúria arrecadatória que se encham as ruas de produtos de outros países enquanto o próprio povo é refém da miséria de uma bolsa família, de um programa fome zero.
Precisa morrer a União que recolhe para si 61% dos tributos, criminosamente (pois nada devolve ao contribuinte), fazendo com que da mínima sobra de 39% fique com os estados-membros apenas 25% (e são 27!) e que mais de 5.500 municípios fiquem com apenas 14%. Precisa morrer a União que pratica esse crime continuado e gradativamente aumentado em intensidade e volume. E precisa morrer porque as pessoas não vivem na União, não vivem nos estados-membros, mas antes e sempre, em um município! Porém, precisa estar viva sim, enquanto ente congregador confederado de verdadeiros estados federados, mas com ausência – e desinfetada - da podridão que tem desenfeitado este lindo e rico País! Caso não se possibilite a devida redução dessa politributação maldita, perversa, espoliativa e burra, é só inverter esses percentuais: 61% para os mais de 5.500 municípios; 25% para os estados-membros e 14% para a União.
Jurista e escritor
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