VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 29 de abril de 2014

SINTOMAS DE FALÊNCIA DOS PARTIDOS


ZERO HORA 29 de abril de 2014 | N° 17778


PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA




Se o eleitor anda descrente da política e quer distância dos partidos, a culpa não é dele. Tampouco é falta de informação. Pode ser justamente o contrário: quem acompanha o vaivém das alianças e as negociatas em curso para garantir alguns segundos a mais na TV tem bons motivos para estar desencantado. Os partidos, de um modo geral, perderam a identidade e raros são os que fazem alguma restrição na hora de buscar parceiros.

Há algo de estranho no ar quando uma mesma sigla é disputada por três candidatos e seus dirigentes dizem que é possível apoiar qualquer um dos três. Não é preciso atravessar o Mampituba para buscar exemplos de coligações esdrúxulas, que desrespeitam a história dos partidos. Ou de dirigentes partidários que negociam com dois ou três candidatos, esperando para ver quem dá mais (cargos ou dinheiro) ou quem tem maior viabilidade. Esse pragmatismo levado aos extremos produziu as distorções que tornam os vencedores de uma eleição reféns dos próprios aliados. Um dia a conta vem e, se não for paga, começa a chantagem.

Articuladores experientes reclamam dos “nanicos” que já não aceitam promessas de cargos. Querem dinheiro e exigem até pagamento antecipado. Seria muito simples acabar com essa prática: bastaria que ninguém pagasse e que qualquer proposta indecorosa fosse denunciada à Justiça Eleitoral, mas não. Quem conta essas obscenidades pede sigilo. E, sem prova, não há o que denunciar.

O Brasil tem 32 legendas legalizadas, recebendo verbas do fundo partidário. Dinheiro público, portanto, para financiar campanhas eleitorais ou a simples manutenção de estruturas. Há casos notórios de partidos que servem apenas à vaidade dos seus donos, candidatos eternos que não têm voto nem representatividade, mas adoram contemplar a própria imagem na propaganda de TV.


Aliás

Só nos primeiros quatro meses deste ano, o fundo partidário distribuiu mais de R$ 100 milhões, Os partidos que menos receberam já levaram R$ 164 mil.

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