CONGRESSO INOPERANTE

INFORME ESPECIAL. ITAMAR MELO (INTERINO) - ZERO HORA 13/01/2012

Congresso inoperante 1

O especialista em Direito Político André Leandro Barbi de Souza fez uma análise sobre as leis produzidas em 2011 pelo Congresso Nacional e chegou a conclusões alarmantes.

O advogado e professor descobriu que, das 212 leis produzidas ao longo do ano na casa, só 84 foram uma iniciativa dos quase 600 deputados ou senadores brasileiros – uma para cada sete parlamentares.

A maior parte da legislação veio de instituições como a Presidência da República e o Supremo Tribunal Federal.


Congresso inoperante 2
O que mais chama a atenção no levantamento de Souza é o teor das propostas feitas pelos parlamentares. Das 84 leis que eles apresentaram, 52 são para batizar bens, homenagear cidades ou criar datas comemorativas, com potencial nulo de influir nos destinos nacionais. Confira algumas dessas leis:

- São Leopoldo foi declarada berço da colonização alemã no Brasil.

- Foi instituído o dia nacional do calcário agrícola.

- Nilo Peçanha foi declarado o patrono da educação profissional e tecnológica.

- Holambra é a capital nacional das flores.

- 27 de junho é o dia nacional do quadrilheiro junino.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - E qual é a nossa postura diante deste desta INOPERÂNCIA de nossos representantes políticos? Vamos continuar votando num sistema contaminado por cartas marcadas e pagando um custo milionário (o mais caro do mundo parlamentar) para um Poder que não cumpre o seu dever de representar o povo no GOVERNO do Brasil? Para que continuar pagando salários extravagantes, privilégios múltiplos, verbas ilimitadas, farras contínuas, submissão ao Executivo e Judiciário, indiferença em relação às questões nacionais e conivência corporativa com a corrupção, com a justiça morosa, com a impunidade e com o crescimento da violência que vem aterrorizando o povo nas ruas, nas escolas e nos lares? A democracia só se realiza quando o povo é bem representado no Governo de um Estado. Na inércia da representação política assumem o governo os interesses totalitários da ganância e do crime.