VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

IMPUNIDADE PARLAMENTAR


BEATRIZ FAGUNDES, O SUL. Impunidade
Porto Alegre, Segunda-feira, 16 de Janeiro de 2012.


Projetos em defesa da impunidade parlamentar.

É impressionante verificar o nível de certeza de impunidade que mantém determinados políticos numa espécie de "mundo paralelo", distantes anos-luz do dia a dia do povão eleitor. Uma das últimas demonstrações deste sentimento de superioridade foi a apresentação do Projeto de Lei 2.301-11, de autoria do deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que tinha o objetivo de proibir a divulgação de investigações de crimes cometidos por candidatos no período eleitoral. O projeto queria impedir a divulgação ou publicação de sindicância - procedimento investigatório, inquérito ou processo, ou qualquer ocorrência de natureza penal - relativa a crimes culposos cometidos por candidatos durante os quatro meses de campanha.

O lustroso "tucano" recuou e retirou a tal excrescência ética, mas tornou extremamente claro o quanto suas excelências insistem em criar na população uma crescente aversão ao que muitos já dizem "a tal da democracia". O pior de tudo é ter que garantir a alguns deles expressões cerimoniosas e educadas. Muitos acusam a imprensa de crucificar pobres parlamentares com manchetes nas quais uma simples investigação se torna uma execução pública.

Como em qualquer setor da vida não podemos negar a existência de excessos que se justificam, na medida em que a cada dia se torna impossível ignorar a amplitude de participação de parlamentares em atos, senão criminosos, profundamente imorais e antiéticos em todos os sentidos. O deputado Bonifácio quis instituir oficialmente a Lei da Mordaça, e a reação foi imediata. A essência de sua proposta era tornar todos os candidatos, durante os quatro meses de propaganda política anterior às eleições totalmente "inocentes" proibindo que jornais, agentes, programas de rádio e TV, além de blogs ou qualquer outro tipo de rede social na internet, divulgassem informações sobre investigações ou processos já em andamento por quaisquer razões, sob pena de prisão em um período entre três e oito anos além do pagamento de multa de 15 mil reais.

Depois, se eleitos, e com extensa ficha suja, contariam com a proteção discutível da impunidade parlamentar. Ele lembra o inesquecível personagem do nosso glorioso humorista Chico Anísio, que infelizmente se encontra em estado gravíssimo no hospital (acredito na sua recuperação): Justo Veríssimo de Santo Cristo, uma escrachada sátira ao político corrupto. Com seu característico bigode vassourão, Justo destilava sua ojeriza contra os pobres e tudo que possa beneficiá-los: "Eu tenho horror a pobre!" e "Eu quero que o pobre se exploda".

A propósito de Chico Anísio, que saudade do tempo da Chico City! Hoje, os programas ditos de humor estão apelando para a grosseria e humilhação. Até mesmo entre os próprios parceiros profissionais. Em muitos momentos, creio que os telespectadores se constrangem com as "tarefas" que muitos integrantes destes programas são obrigados a realizar. Humilhação virou sinônimo de piada. Insistem em transformar deboche e grosseria em humor. Saudade do Professor Raimundo: "É vapt-vupt!", "E o salário, ó!". Até hoje

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo engajamento Jorge, muito bom seu texto sobre a impunidade. Caro, precisamos trabalhar forte pra mudar isso. Temos que exigir uma mudança urgente! Exigir o fim da impunidade parlamentar é muito difícil, mas um excelente começo! Estou escrevendo uma música, quero compartilhá-la em breve. Acho que vai gostar. Fernando Bruno.

Anônimo disse...

Parabéns pelo engajamento Jorge, muito bom seu texto sobre a impunidade. Caro, precisamos trabalhar forte pra mudar isso. Temos que exigir uma mudança urgente! Exigir o fim da impunidade parlamentar é muito difícil, mas um excelente começo! Estou escrevendo uma música, quero compartilhá-la em breve. Acho que vai gostar. Fernando Bruno.