Roberto Muñoz, escritor - ZERO HORA 21/01/2012
Incrível o masoquismo latente na alma da elite política americana dita “latina”. Durante boa parte do século 20, neste canto do mundo, tal “tchurma” acreditou caninamente no absurdo comunista produzido pelos fiascos cubanos e soviéticos.
Agora, no século que principia, a vontade dessa elite de dar novamente um tiro no pé parece que voltou com força total. Não apenas Hugo Chávez abriu as portas para Mahmoud Ahmadinejad, ditador iraniano. O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva já tinha cometido o mesmo equívoco. Ainda hoje, os EUA mandam no mundo, mas seria bem pior, acreditem, se o “chefe” fosse a tresloucada União Soviética. Como respeitar um regime que referendou o envio de milhares de camponeses para a Sibéria? Como respeitar uma elite política que perseguiu gigantes do cinema como Sergei Eisenstein e Andrei Tarkovski?
Nas plagas brasileiras, no império brasileiro nascente, os novos políticos brasileiros fizeram de tudo para dom Pedro I ser derrubado. Porém, esta façanha, realizada, não bastou, e o proclamador da independência brasileira foi obrigado a deixar o país. Depois, José Bonifácio foi boicotado vexatoriamente, e dom Pedro II, juntamente com a princesa Isabel, seguiu o mesmo rumo do pai.
Já no período republicano, quando Charles de Gaulle afirmou “le Brésil n’est pas um pays sérieux”, evidente que ele criticava as lideranças brasileiras, e não o povo. Será que a situação realmente mudou? Anos depois, Ronald Biggs, famoso ladrão britânico, teve ampla recepção no Brasil. E, recentemente, Cesare Battisti, foragido político italiano e membro da PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), grupo armado de extrema esquerda, foi apoiado pelo ex-presidente brasileiro, acima citado, que não o extraditou para a Itália. Por outro lado, o serviço militar continua obrigatório, e o voto – para alegria geral do voto de cabresto – idem. Pelo menos os meios de comunicação no Brasil ainda não foram censurados e continuam bravamente na defesa da livre informação.
A queda da mentalidade política não deve, entretanto, frear a vontade dos interessados por uma terra autônoma, forte e, o principal, independente de equívocos políticos. Como já disse Ortega y Gasset, a política é mais um elemento da ordem social.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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