A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
domingo, 11 de novembro de 2012
FAZER RIR
ZERO HORA 11 de novembro de 2012 | N° 17250. ARTIGOS
Luiz Antônio Araujo*
O deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP) alcançou esta semana o cume do noticiá- rio político ao fazer o inesperado: participou de 100% das sessões legislativas ordinárias deste ano na Câmara dos Deputados. Inesperado porque apenas 18 parlamentares, Silva incluído, tiveram assiduidade total às sessões de votação, conforme levantamento recém divulgado. E mais inesperado ainda porque Francisco Everardo é o nome de batismo do palhaço Tiririca, aquele do slogan de campanha “Pior do que está, não fica”.
Antes mesmo de ser eleito para a Câmara, em 2010, com 1,3 milhão de votos, Tiririca tornou-se alvo de um dos mais gritantes episódios de bullying político da história. O Ministério Público Eleitoral tentou impugnar sua candidatura por falsidade ideológica – teria transferido todos os bens para terceiros para escapar de processos trabalhistas, de alimentos e partilhas movidos pela ex-mulher – e por ser analfabeto. (Num protesto respeitável contra o preconceito e a hipocrisia, a ex-deputada e educadora Esther Pillar Grossi ofereceu-se para alfabetizá-lo antes da posse.) Criou-se a expressão “Efeito Tiririca” para designar celebridades que, sem maior relação com a política, tornam-se puxadores de votos e garantem a eleição de candidatos com votações ínfimas em eleições legislativas.
É impossível fazer rir sem um senso preciso de oportunidade. Conhecedor dessa velha regra do circo, Tiririca guardou alguns números para depois da eleição. Não se limitou a dar quórum a sessões sonolentas. Votou a favor do direito a proventos integrais com paridade para servidores aposentados por invalidez, da regulamentação da carreira de procurador municipal, da efetivação dos atuais donos de cartórios, da expropriação de terras onde houver trabalho escravo e da criação do Sistema Nacional de Cultura. E foi contrário à transferência, da União para o Distrito Federal, da atribuição de manter a Defensoria Pública do Distrito Federal.
Além de ser figura carimbada em plenário, Tiririca deu o ar da graça na comissão da qual faz parte, a de Educação e Cultura. Participou de audiências públicas sobre alvarás para instalação de circos e regulamentação do ensino de música, cultura e cinema. É ativo integrante da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, condição na qual participou de reuniões nos ministérios da Educação, da Cultura e da Saúde e no Palácio do Planalto. A pedido da UNE, apresentou emenda ao Plano Nacional de Educação prevendo mutirão pela alfabetização de jovens e adultos. Suas emendas ao Orçamento Geral da União deste ano privilegiam programas culturais, esportivos, de saúde e de assistência social, totalizando recursos de cerca de R$ 15 milhões. Um terço desse montante é destinado a hospitais de câncer, santas casas e fundações de assistência infantil de São Paulo.
Em matéria de projetos de lei, a produção de Tiririca pode ser qualificada de modesta – apenas oito em quase dois anos, a maioria sobre questões ligadas à cultura. E, em pelo menos um item da atividade parlamentar, sua performance foi igual a zero: discursos em plenário. Não que o deputado não tenha o que dizer. No único boletim publicado até hoje pelo mandato, ele afirma: “Estando político, é minha obrigação desenvolver projetos e colocar minhas ideias em prática. Sou fruto de uma sociedade que escraviza sem observar os mais humildes, que continuam carentes das ações do Estado. Por isso, o meu compromisso é o de lutar pelo desejo dessa pessoa que não se sente representada como cidadã. Quero muito que a arte popular seja valorizada, que o artista tenha a garantia de que o seu trabalho representa a qualidade do próprio trabalho”.
Esse é o deputado Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca. E o seu?
*Jornalista
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Fiquei triste com o voto de protesto que levou o palhaço TIRIRICA ao poder, justamente pelo arquétipo que imaginamos no parlamento. QUEIMEI A LINGUA. Este senhor tímido, desprovido de curso superior, integrante de um partido inexpressivo, e de nome Francisco Everardo Oliveira Silva é o exemplo mais positivo e ativo que o Brasil tem no Congresso Nacional e que o povo espera de todos os demais parlamentares que em sua maioria são oriundos de raízes políticas, possuem curso superior, são cultos e ricos, e representam segmentos importantes em seus Estados. Como militar, faço uma continência firme e duradoura para este parlamentar que tem exercido plenamente o seu dever de representar o povo, deixando a oratória (instrumento da maioria omissa) para trabalhar com afinco em projetos reais e práticos e sem se ausentar do plenário que é o seu lugar.
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