VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O TRENZINHO DOS CARGOS PÚBLICOS



Opinião

Ronie de Oliveira Coimbra


Há muito acompanho as matérias, publicadas em jornais ou veiculadas nos rádios e na televisão, dando conta de condutas inadequadas de funcionários públicos, principalmente das casas legislativas – de todos os níveis: municipais, estaduais e federais – a exemplo da funcionária que em horário de expediente, ao invés de estar no labor, passeava tranqüila e desinteressadamente com seu cãozinho de estimação por um parque da cidade de Porto Alegre, ou então o exemplo do Senado brasileiro, diga-se Casa pródiga em maus-exemplos de permissividade com seus servidores públicos, em que funcionários batiam o obrigatório ponto e, ao invés de adentrarem no recinto de trabalho, davam a volta e iam para casa ou para as academias, posto que alguns já chegavam com os trajes para malhação, condutas que eram justificadas com a alegação de que estavam dispensados por seus Chefes.

Citei estes exemplos porque são mais recentes, mas poderia escrever muitas páginas com outros, porém acredito que somente estes bastam para o meu propósito de colocar a baila a importância do cargo público, e que ele deve existir para servir a sociedade, e não pode ser apropriado ou criado para servir interesses que não sejam públicos.

Ora, cargos públicos de professores existem para que os profissionais eduquem as pessoas; os de policiais para garantir a segurança pública, promovendo a tutela da vida e do patrimônio; os profissionais da saúde para alcançarem um pouco de conforto a nossa população e lhes mostrar medidas profiláticas de prevenção a doenças e de cuidados com a saúde. Quando estes profissionais se ausentam, ou são insuficientes, os serviços públicos prestados a sociedade carecem de qualidade, ou seja, a sociedade se ressente, e sofre na carne as conseqüências desta deficiência ou omissão.

Segui esta linha para arrematar dizendo que estamos na era da transparência, em que mais do que um dever do governo, é um direito inarredável do cidadão saber como é gasto o seu dinheiro, principalmente com o pagamento de funcionários, portanto, o cidadão deve exigir que lhe seja descrito quais as tarefas desempenhadas pelos funcionários que são pagos com o dinheiro de seus tributos, posto que se o funcionário está a passear com seu cãozinho, ou retorna para casa após bater o ponto de chegada no trabalho, e a sociedade não sente a sua ausência, há que se concluir que ele não é necessário, devendo este cargo ser extinto, e o dinheiro, que será economizado, direcionado para investimentos na saúde, educação e segurança da sociedade. Não há como ser diferente, pois o dinheiro utilizado para o pagamento destes funcionários, que lotam os trenzinhos da alegria por este País afora, faz muita falta, e você, caro leitor, deve se alertar, e levar adiante, nas comunidades que estão começando a se insurgir por falta de segurança, educação, e saúde, e, também, por falta de ética, honestidade e vergonha na cara.

O policial que falta no bairro com índices elevados de criminalidade; o professor de determinada matéria que não foi contratado pela escola pública; ou o profissional de saúde inexistente no posto de saúde, pode ter a sua ausência explicada pelo régio salário pago para uma funcionária, que, ao invés de trabalhar, e assim deve acontecer por falta do que fazer, passeava com seu animal de estimação, lépida e faceira por um parque, arborizado e com MUITA SOMBRA.

Fonte:  http://roniecoimbra.blogspot.com.br/2012/11/o-trenzinho-dos-cargos-publicos-opiniao.html#links

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