VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

INVESTIR E SERVIR



ZERO HORA 18 de janeiro de 2016 | N° 18418


CLÁUDIO BRITO*



Estou pronto a receber uma enxurrada de tuitadas e comentários lá no Face, abrindo ou ampliando com os estimados leitores de nossa Zero Hora um debate que já ocorreu com os queridos ouvintes da Gaúcha. Pois falei de investimentos públicos e serviços públicos, confrontando-os, o que resultou em discussão entre defensores de modelos e tamanhos distintos de Estado.

Quando surgem lamentos do tipo “não sobra nada para investimentos, tudo se gasta com os servidores”, pergunto-me: mas o Estado, quando gasta com o serviço público, não está fazendo aquele que deve ser o seu principal investimento?

Os governos devem induzir investimentos, mas as empresas privadas é que devem realizá- los. O serviço é o dever estatal, que, uma vez cumprido, estará ensejando aos empreendedores o ambiente e todas as condições para a plenitude de suas atividades lucrativas. O Estado não tem nada a ver com lucro. Seus ganhos são muitas vezes intangíveis, embora mensuráveis. A satisfação do povo, sua segurança, sua saúde e seus níveis de educação servem de parâmetros para uma conta imaterial. A realização das finalidades do Estado não se confere nos saldos do Tesouro, mas no bem-estar da cidadania. Para isso, serviços essenciais e de excelência, desempenhados por profissionais competentes, arregimentados pelo concurso de provas e títulos, com garantias e prerrogativas compatíveis com suas responsabilidades, adequadamente remunerados e que não sejam seduzíveis pelas vicissitudes do mercado, podendo assim atuar com independência, movidos pela ideia de construção do bem comum.

Investir é servir, quando se fala em Estado. O que se destina à prestação de serviço é que representa o verdadeiro investimento público, seja em tecnologia, equipamentos, instalações e outros implementos materiais, ou seja em pagamento de um funcionalismo competente e engajado. Assim, chamar concursados para os órgãos de segurança, por exemplo. Nomeá-los, aperfeiçoá-los e manter inalterados os melhores padrões de eficiência são os verdadeiros investimentos da alçada do Estado. É o que se espera.

Jornalista*

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