VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 29 de março de 2016

COALIZÃO DE INTERESSES




ZERO HORA 29 de março de 2016 | N° 18485


EDITORIAIS




O prometido desembarque do PMDB da base aliada, que parte da agremiação espera formalizar nesta terça-feira, expõe a falta de consistência da coalizão formada em torno do governo Dilma Rousseff. Nesse cenário preocupante para o país, a perspectiva de o governo ficar sem o apoio de uma legenda que ocupa sete ministérios e mais de 500 cargos na máquina pública amplia ainda mais as chances de redistribuição de postos por interesses imediatistas. Nessas circunstâncias, a conta lançada para os brasileiros costuma ser ainda mais elevada, pois o fisiologismo tende a imperar em situações que favorecem um verdadeiro balcão de negócios.

Embora parte dos peemedebistas relute em abandonar o governo, as chances são de que prevaleçam as pretensões da ala interessada em se cacifar para assumir o comando do país em caso de impeachment da presidente da República. É um movimento cheio de controvérsias e que, inevitavelmente, provoca desconfianças na população, contribuindo para aumentar a descrença na política. Assim como ocorreu em governos anteriores, no atual, o PMDB foi governista durante cinco anos e, agora, retira- se por exclusivo interesse de continuar no poder, mesmo com o envolvimento de alguns de seus principais líderes na Lava-Jato.

A anunciada redistribuição de cargos para evitar que outras siglas também abandonem a base aliada reafirma a fragilidade de acordos suprapartidários no país. Potencializado em momentos de crise sem precedentes como a atual, o fato volta a chamar a atenção para a necessidade de o país contar com partidos baseados em programas bem definidos, e não em interesses imediatistas dos próprios políticos.

Nenhum comentário: