ZERO HORA 01 de março de 2016 | N° 18461
EDITORIAIS
A falência do poder público no Rio Grande do Sul já começa a afetar a vida da população. No retorno das férias de verão, os gaúchos deparam com a supressão ou a prestação insuficiente de serviços essenciais de responsabilidade do poder público. As carências se fazem sentir em todas as áreas básicas: saúde, educação, transporte e segurança.
As aulas da rede estadual recomeçaram prejudicadas pela paralisação dos professores, por escolas danificadas e por falhas no transporte escolar. O transporte público da Capital enfrenta incertezas devido ao impasse em torno do reajuste de tarifas. A segurança continua um caos, não passa fim de semana sem que dezenas de gaúchos percam a vida por conta de latrocínios e homicídios, ou que agências e postos bancários sejam saqueados, inclusive com o uso de explosivo. A violência afeta até mesmo o funcionamento de postos de saúde, como o da Vila Cruzeiro, agravando ainda mais os problemas no atendimento médico à população carente. Tudo isso em meio à maior crise financeira que o Estado já viveu, com salários do funcionalismo atrasados e sem perspectivas de melhora imediata.
Evidentemente, não se pode exigir que os governantes e os representantes políticos tenham soluções mágicas para problemas que se acumulam há décadas. Mas é decepcionante constatar a falta de propostas mais criativas, que não passem pela tentativa de sempre de aumentar a arrecadação onerando ainda mais o contribuinte.
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