ZERO HORA 16 de março de 2016 | N° 18474
EDITORIAIS
O governador Pedro Taques, de Mato Grosso, deixou boa impressão na sua passagem pela Capital, principalmente quando relatou as medidas que vem adotando para enxugar gastos públicos, para reduzir a máquina administrativa e para direcionar o foco do governo para as funções típicas de Estado. Ao participar de evento organizado pelo Movimento Brasil Competitivo, o ex-senador pedetista, agora governador pelo PSDB, detalhou o verdadeiro choque de gestão que promoveu em seu Estado e que pode muito bem servir de exemplo a unidades federativas endividadas como o Rio Grande do Sul.
Procurador do Ministério Público Federal antes de ingressar na política, o governador mato- grossense levou para o Executivo a disposição de enfrentar resistências para tornar a administração pública mais eficiente. Com a chancela do parlamento, fechou todas as empresas estatais que não geravam superávits financeiros, reduziu a tributação, lançou um programa de cobrança de impostos atrasados, demitiu servidores, criou programas de atração de investimentos e promoveu parcerias público-privadas em áreas que não necessitam da gestão pública. Fez, antes, a lição de casa: formou seu secretariado com técnicos e não com políticos. Fez questão de esclarecer que não tem prevenção contra políticos, pois ele mesmo está nessa condição, mas com os técnicos fica mais fácil estabelecer um plano de metas e cobrar resultados.
As dificuldades de Mato Grosso são as mesmas de outros Estados que gastam mais do que arrecadam. Também para isso, a solução apresentada por Pedro Taques merece atenção do governo gaúcho: “É preciso economizar e cortar gastos para realizar as políticas públicas voltadas para as funções típicas do Estado. Aquilo que não é típico, não é primário, o Estado passa para a iniciativa privada”.
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