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quinta-feira, 9 de maio de 2013

REGALIAS PERSISTEM


Renan faz balanço dos 100 dias à frente do Senado, mas regalias persistem. Senador oficializa a doação de cerca de 300 equipamentos ao SUS do governo do Distrito Federal

JÚNIA GAMA 
O GLOBO
Atualizado:9/05/13 - 18h59


O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros Ailton de Freitas / O Globo


BRASÍLIA - Sem mencionar os altos salários que ainda persistem no Senado, inclusive para funções consideradas dispensáveis, como fazer check-in em voos para os parlamentares, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez nesta quinta-feira um balanço dos seus 100 primeiros dias à frente do cargo. O senador repetiu as medidas anunciadas em seu discurso de posse no cargo, em fevereiro deste ano, mas não se manifestou sobre o fim de regalias que vêm sendo reveladas nos últimos dias, como gastos superiores a R$ 18 mil mensais para manter um mordomo à sua disposição na residência oficial.

Desde que assumiu a presidência do Senado, no início deste ano, sob fortes manifestações contrárias, Renan Calheiros anuncia a implementação de medidas de transparência e cortes de gastos na Casa, em uma tentativa de melhorar sua imagem junto à população. O senador teve de renunciar ao mesmo cargo que hoje ocupa, em 2007, para escapar da cassação de seu mandato. Na época, ele foi acusado de pagar despesas pessoais com dinheiro de uma empreiteira. Este ano, pouco antes da eleição para a presidência do Senado, a procuradoria-geral da República apresentou denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Renan por três crimes: peculato, uso de documento falso e falsidade ideológica. A Corte ainda não deliberou sobre o caso.

Para respaldar a afirmação de que as ações estão sendo bem recebidas pelos cidadãos, Renan encomendou pesquisa do DataSenado, que detectou média de aprovação de 81%. De acordo com o senador, 1,2 mil pessoas foram ouvidas entre 16 e 30 de abril. Em seu discurso, o presidente do Senado afirmou que a Casa vai economizar cerca de R$ 300 milhões durante o biênio 2013-2014 com os cortes anunciados. Renan Calheiros admitiu, no entanto, que ainda há muito a ser feito.

- Avançamos bastante em 100 dias, mas ainda não estamos confortáveis. Há ainda muitos excessos, desperdícios vícios longos que foram se acumulando ao longo dos anos e precisam ser diagnosticados e corrigidos - afirmou Renan.

Pela manhã, o senador oficializou a doação de cerca de 300 equipamentos médicos ao Sistema Único de Saúde (SUS) do governo do Distrito Federal , uma de suas promessas quando anunciou o corte de gastos no serviço médico do Senado. Durante o evento, Renan destacou que a doação dos equipamentos marca o fim de um privilégio “indefensável” para senadores e servidores, que já contavam com plano de saúde.

- É dessa forma que estamos conduzindo a atual gestão do Senado Federal, fazendo mais economia, combatendo desperdícios, eliminando privilégios e, acima de tudo, fazendo com que o nosso mandato contribua efetivamente para a melhoria das condições de vida dos brasileiros -, afirmou.

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