LONGE DO TRABALHO. Licenças médicas somam 87,5 mil dias no Senado
Desde que voltou ao comando do Senado, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) adota um discurso da moralização e transparência dos gastos. Mas as medidas tomadas até o momento não tocaram em um ponto que pode ser considerado uma verdadeira caixa-preta do Senado: a concessão de licenças médicas.
Entre 2011 e 2012, servidores efetivos e comissionados tiraram 87,5 mil dias de licenças.
Os dados apontam que, desde o início da atual legislatura, cada trabalhador da Casa afastou-se por motivo de saúde em média por 14 dias. O Senado não forneceu os dados dos quatro primeiros meses de 2013 – Renan assumiu em fevereiro.
O levantamento revela que a imensa maioria das licenças em 2011 e 2012 foi tirada por servidores efetivos. De cada 10 dias de licença, praticamente nove foram desses servidores. Os efetivos são uma “população” bem remunerada, onde um garçom, por exemplo, pode ganhar salário de até R$ 17 mil.
No período, os efetivos tiraram 78,4 mil dias de licenças. Considerando o salário médio desses servidores em abril (de R$ 19 mil, segundo o Portal da Transparência da Casa), o Senado gastou no período cerca de R$ 50 milhões por dias não trabalhados por seus servidores efetivos nos últimos dois anos. Os servidores comissionados do Senado, por sua vez, tiraram 9,1 mil dias de licença.
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