VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

PT FAZ O QUE CONDENAVA E PSDB CONDENA O QUE FAZIA


ZERO HORA, 04/05/2014


ROSANE DE OLIVEIRA



O vídeo de um minuto, no qual o PT assusta os eleitores com os “fantasmas do passado”, deve ser visto como um trailer da propaganda eleitoral que os brasileiros verão a partir de agosto e não apenas uma reprise da estratégia (fracassada) que o PSDB usou em 2002. O PT, que tanto criticou o comercial estrelado por Regina Duarte, dizendo que tinha medo do que poderia acontecer em caso de vitória de Lula, usa a mesma lógica agora. O comercial não tem uma atriz com cara de assustada, mas uma voz (a do ator petista Antônio Grassi) alertando para o risco de perda de conquistas, como o emprego ou a vaga na universidade.

Veja o vídeo do PSDB:

https://www.youtube.com/watch?v=DEeNSkXn5mY



Veja o vídeo do PT:

https://www.youtube.com/watch?v=AfaEJ9-3z8w



Como se o PSDB não tivesse feito o mesmo em 2002, o tucano Aécio Neves reagiu ao comercial com uma nota dizendo que “o PT tenta impor medo e insegurança porque não é mais capaz de gerar confiança e esperança”. Como se não tivesse criticado o PSDB, o PT colocou sua tropa de choque em campo para defender o vídeo criado por João Santana e que deve dar o tom da campanha neste ano.

Nas redes sociais, os petistas justificaram o discurso do medo e apresentaram uma seleção de números que favorecem os governos Lula e Dilma na comparação com os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, com foco na inflação, nos juros, nas taxas de desemprego, no Bolsa Família e nas vagas para estudantes carentes nas universidades.

A opção de Santana também foi criticada por Eduardo Campos, do PSB, ex-aliado de Lula e Dilma. Campos classificou o vídeo como um sintoma de desespero do PT:

– É uma atitude equivocada, do ponto de vista político, histórico. Esse mesmo tipo de discurso foi utilizado contra o PT, contra o presidente Lula, e eu lamento que se parta para esse tipo de argumentação.

Apesar das críticas dos adversários, não há dúvida de que Santana vai explorar mais o discurso do medo, de forma direta ou velada, forçando Campos e Aécio a partir para a defensiva. O alvo principal do PT não é o eleitor que tem saudade do governo tucano: é o que melhorou de vida nos últimos 12 anos e se impressiona com ameaças.

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