VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

PT REGISTROU RECORDE DE ARRECADAÇÃO EM ANO NÃO ELEITORAL


JORNAL DO BRASIL, 07/05/2014,


Notícia do jornal 'Valor' surpreende meios políticos. Matéria aponta para arrecadação recorde do Partido dos Trabalhadores em ano não eleitoral



O diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) registrou recorde de arrecadação em ano não eleitoral (2013), alerta matéria publicada pelo jornal Valor Econômico nesta quarta-feira (7). Foram R$ 79,7 milhões captados de empresas, 57,3% a mais que o registrado no ano não eleitoral anterior, 2011. Entre as maiores doadoras, figuram justamente algumas das empreiteiras que protagonizam os maiores escândalos deste país. A notícia espanta os meios políticos, o que justifica sua reprodução neste espaço, e não deve ser singular, deve vir acompanhada de medidas do Ministério Público. São notícias como essa que chocam cada vez mais os brasileiros, aumentando a desesperança no poder público de um país contaminado pelos corruptores.

Os principais doadores, ressalta o jornal, foram justamente as empresas que têm interesse em projetos e influência no governo federal - as já conhecidas empreiteiras, como Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS; o frigorífico JBS, empresas de transporte e de engenharia ambiental. A Camargo Correa foi a maior doadora da legenda, com R$ 12,3 milhões. Ela recebeu R$ 592,6 milhões em pagamentos por obras e serviços prestados ao governo federal no ano passado, reforça o Valor.

O JB vem falando sobre a participação dessas empresas nos principais casos de corrupção, sem serem efetivamente punidas, e a necessidade dos brasileiros verem respostas efetivas para os desmandos impetrados. A corrupção comanda um processo de anomia no país, com desmandos em todas as esferas que contaminam a sociedade, que acabam desacreditadas. Isso se reflete na revolta que faz diversos brasileiros desafiarem a justiça continuamente, vide os casos de bala perdida, "justiceiros", manifestações com depredações do patrimônio, entre outros casos que vêm assustando a população.

De acordo com a reportagem do Valor, baseada na prestação de contas do PT encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se levarmos em conta apenas a contribuição dessas empresas para custear as atividades partidárias, 2013 foi o ano de maior arrecadação desde 2007, quando o TSE iniciou a divulgação desses dados na internet. Entre as empresas que mais contribuíram, logo após a Camargo Correa, vem a Revita Engenharia, com R$ 8 milhões, a JBS, também com R$ 8 milhões, a Queiroz Galvão, com R$ 7 milhões, a OAS, com R$ 6,67 milhões, e a Odebrecht, com R$ 6 milhões.

Em 19 de abril deste ano, o JB alertava:

(...)

Aliás, no emaranhado envolvendo corrupção e poder público, é comum vermos nomes se repetindo, tanto de políticos quanto de empresas. Nos anos 1990, novos escândalos envolvendo a Andrade Gutierrez vieram à tona, desta vez na construção da nova sede da Eletropaulo, no governo de Luiz Antonio Fleury Filho, sucessor de Orestes Quércia.

(...)

Em 2009, uma operação da PF, batizada de Castelo de Areia, trouxe à tona novamente caso envolvendo políticos e empreiteiras. Deste vez era a Camargo Corrêa e mais de 200 políticos dos mais variados partidos relacionados com supostos crimes financeiros, lavagem de dinheiro, superfaturamento de contratos, fraudes em concorrências e pagamento de propinas.

Governos mudam, décadas se passam, mas muitos personagens continuam os mesmos e, principalmente, muitas práticas se repetem, em jogos de interesses, favores e favorecimentos, negociatas e parcerias, onde empreiteiras, empresários e políticos seguem mantendo seus feudos e se agarrando ao poder, tudo financiado pelos cofres públicos.

O JB também tem ressaltado a importância de atacar os corruptores e não só os corruptos, como em artigo publicado em 30 de abril: "O corruptor é sempre mais criminoso que o próprio corrupto. (...) Este tipo de corruptor deve ser banido, preso, execrado. Ele é que destrói a moral e a dignidade do país. O corruptor macula a célula da sociedade."

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