VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FARRA SALARIAL - O MÁXIMO DOS MÁXIMOS


O máximo dos máximos - PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA, Zero Hora 22/12/2010.

Nem INPC, nem IGP-M: o índice usado pelos deputados estaduais para se dar um aumento de 73% e elevar os salários para R$ 20.042,34 é o ISTF ou I-Supremo. Traduzindo, o parâmetro é o subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, que, diferentemente dos parlamentares, teve reajustes regulares nos últimos anos e ampliou a diferença entre uns e outros. Como os deputados estaduais têm a possibilidade legal de reajustar seus salários até o limite de 75% do que ganha um deputado federal, resolveram esticar ao máximo.

A lógica dos deputados é simples: já que o desgaste seria praticamente o mesmo com os R$ 15,5 mil propostos pelo PT e com os R$ 20 mil propostos pela Mesa, optaram pelo maior valor, sabendo que ficará congelado pelos próximos quatro anos. Também levaram em consideração o fato de que já está no Congresso uma proposta de aumento para os ministros do STF, que elevará o teto para R$ 30,6 mil. Entre os deputados estaduais há o sentimento de que quem se submete ao julgamento das urnas a cada quatro anos não pode ganhar menos do que um juiz ou promotor em início de carreira.

A reação negativa dos eleitores que criticaram com tanta veemência os deputados federais quando aumentaram seus ganhos em 61,8% não inibiu os estaduais de aprovarem um índice ainda maior, totalmente incompatível com os reajustes dos servidores públicos ou dos trabalhadores do setor privado, mesmo considerando-se que o valor está congelado há quatro anos. A esperança é que o eleitor, ocupado com as festas de fim de ano, assimile, perdoe ou esqueça, já que a próxima eleição é só daqui a quatro anos.

Os deputados entram em recesso amanhã. Quando a Assembleia retomar as atividades, em 31 de janeiro, a pauta já será outra: os deputados terão de discutir projetos do novo governo, entre os quais um que eleva a remuneração de diretores de órgãos públicos. Por considerar que essa é a prioridade, Tarso Genro reafirmou ontem o pedido aos deputados para que não elevem o salário dele e dos secretários.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Afinal, onde estavam os eleitores, os indignados, os descontentes, os revoltosos, os afrontados, os defensores da moral, os anti-corruptos, os cara-pintadas, os pagadores de impostos e os servidores desprezados e mal pagos que não lotaram as galerias da AL-RS para manifestar a repulsa contra esta farra salarial que estabeleceu salários extragantes e privilegiados que afrontam o RS, a democracia e a república.

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