SAÍDA DA CULTURA
Ana e o ministério: “Eu era a Geni”
A experiência na Esplanada foi traumática para Ana de Hollanda, ex-ministra da Cultura. Perguntada sobre quando voltará a Brasília, respondeu: “antes do ano 3.500 eu não volto lá”. Disse ainda ter sido uma espécie de “Geni” do governo.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Ana contou que compôs uma canção-resposta para sua saída do ministério: Para voltar.
Antes de compor outra vez, ela diz ter penado durante um mês com pesadelos diários que a jogavam de volta à rotina ministerial. Irmã mais nova do cantor e compositor Chico Buarque, ela usou uma expressão popularizada a partir de uma música dele, “Geni e o Zepelim”.
– No ministério eu era a Geni. Todo mundo tocava pedra em mim.
Em relação às condições que levaram a sua saída da Esplanada, com o ingresso de Marta Suplicy que decidira apoiar Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo, Ana se esquivou:
– Sobre isso eu não quero falar. É coisa política mesmo. E não foi só a Marta, foram mais coisas. Foi tudo por causa de São Paulo, eu sei.
A Geni de Chico
Lançada originalmente em 1977 e incluída no disco Ópera do Malandro, a canção Geni e o Zepelim caiu no gosto popular e virou bordão no fim dos anos 1970. “Virar a Geni” significava ser o alvo preferencial das críticas, como ocorria com a protagonista da música, que tinha como refrão “Joga pedra na Geni, ela é feita para apanhar, ela é boa de cuspir”.
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