ZERO HORA 12 de dezembro de 2013 | N° 17642
BARRADO NO SENADO. Manobra de aliados veta ida de Tuma Jr.
Em uma ação orquestrada por aliados do governo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou convite para o ex-secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Junior. A oposição quer que o delegado fale na Casa sobre o livro em que acusa o PT de fabricar dossiês contra rivais.
Em maioria na comissão, os aliados rejeitaram o convite apresentado por parlamentares do PSDB. O argumento foi de que o Senado não pode ouvir acusações de um ex-secretário que deixou o governo em meio à suspeita de beneficiar contraventores.
– O delegado saiu do governo do presidente Lula debaixo de denúncias e suspeitas gravíssimas. Essas questões não são do Senado, são do Ministério Público, da Polícia Federal e da Civil – disse o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM).
Líder do PT, o senador Wellington Dias (PI) afirmou que o Congresso não pode “criar a praxe” de ouvir autores de livros-denúncia:
– Sei que tem processo eleitoral, disputas em jogo, mas não vale a pena a gente ir por este caminho.
Os autores do convite, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Alvaro Dias (PSDB-PR), criticaram a decisão da comissão porque consideram que o Senado tem de ouvir denúncias de um ex-membro do governo que ataca a atual gestão do PT.
– Ele dá nome e sobrenome a articulações criminosas que ocorreram no âmbito do governo e do Ministério da Justiça. Não se trata de documento apócrifo – protestou Nunes.
Dias afirmou que há uma “fábrica de dossiês nos porões da política suja” que envolve membros do governo federal. Na Câmara, os governistas também rejeitaram uma convocação para o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) esclarecer as acusações de Tuma Junior sobre a montagem de dossiês políticos e o engavetamento de investigações.
Além dessas denúncias, Tuma Junior afirmou que o assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel foi um crime político e que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram grampeados ilegalmente.
AS ACUSAÇÕES - Suspeitas foram levantadas pelo ex-secretário de Justiça do governo entre 2007 e 2010. Em seu livro Assassinato de Reputações, Tuma Junior diz que recebeu ordens para produzir e esquentar dossiês contra rivais do PT, entre 2007 e 2010, quando chefiou a Secretaria Nacional de Justiça.
- O delegado também disse que as ordens vinham do Palácio do Planalto, Casa Civil e Ministério da Justiça.
BARRADO NO SENADO. Manobra de aliados veta ida de Tuma Jr.
Oposição fez convite após delegado denunciar PT por dossiês contra rivais
Em uma ação orquestrada por aliados do governo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou convite para o ex-secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Junior. A oposição quer que o delegado fale na Casa sobre o livro em que acusa o PT de fabricar dossiês contra rivais.
Em maioria na comissão, os aliados rejeitaram o convite apresentado por parlamentares do PSDB. O argumento foi de que o Senado não pode ouvir acusações de um ex-secretário que deixou o governo em meio à suspeita de beneficiar contraventores.
– O delegado saiu do governo do presidente Lula debaixo de denúncias e suspeitas gravíssimas. Essas questões não são do Senado, são do Ministério Público, da Polícia Federal e da Civil – disse o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM).
Líder do PT, o senador Wellington Dias (PI) afirmou que o Congresso não pode “criar a praxe” de ouvir autores de livros-denúncia:
– Sei que tem processo eleitoral, disputas em jogo, mas não vale a pena a gente ir por este caminho.
Os autores do convite, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Alvaro Dias (PSDB-PR), criticaram a decisão da comissão porque consideram que o Senado tem de ouvir denúncias de um ex-membro do governo que ataca a atual gestão do PT.
– Ele dá nome e sobrenome a articulações criminosas que ocorreram no âmbito do governo e do Ministério da Justiça. Não se trata de documento apócrifo – protestou Nunes.
Dias afirmou que há uma “fábrica de dossiês nos porões da política suja” que envolve membros do governo federal. Na Câmara, os governistas também rejeitaram uma convocação para o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) esclarecer as acusações de Tuma Junior sobre a montagem de dossiês políticos e o engavetamento de investigações.
Além dessas denúncias, Tuma Junior afirmou que o assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel foi um crime político e que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram grampeados ilegalmente.
AS ACUSAÇÕES - Suspeitas foram levantadas pelo ex-secretário de Justiça do governo entre 2007 e 2010. Em seu livro Assassinato de Reputações, Tuma Junior diz que recebeu ordens para produzir e esquentar dossiês contra rivais do PT, entre 2007 e 2010, quando chefiou a Secretaria Nacional de Justiça.
- O delegado também disse que as ordens vinham do Palácio do Planalto, Casa Civil e Ministério da Justiça.
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