VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O PREÇO DA FARRA

zero hora 16 de dezembro de 2013 | N° 17646

EDITORIAIS


Se vencer a pressão política, a Câmara espera votar e aprovar nesta semana projeto de criação de 94 novos cargos de servidores, para atender à demanda do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e do Solidariedade (SDD), agremiações criadas em setembro já preocupadas com as eleições do próximo ano. A farra partidária, que leva o país a ter um total inacreditável de mais de três dezenas de siglas, acaba sempre estourando no bolso dos contribuintes, que precisam se mostrar mais atentos a esse processo.

Responsável por um custo estimado em R$ 11,5 milhões em 2014, a distorção ocorre tanto pelo excesso de legendas políticas no país, algumas das quais preocupadas apenas com o rateio de verbas do Fundo Partidário e com cargos, quanto pela insistência de parlamentares em se aferrar a privilégios. Os novos cargos, por exemplo, estão para serem criados porque partidos já existentes não aceitam abrir mão de vantagens para ex-filiados que ingressaram em novas legendas.

Em consequência, o que ocorre na prática é a criação de um verdadeiro trem cujo maquinista é o Papai Noel, como foi descrito por um dos raros parlamentares contrários à intenção de ampliar o número de cargos, que deveria ser sustada. Até porque, entre os contemplados com a criação de novos cargos, já há quem se mobilize para torná-los permanentes – o que só confirma a regra de o Congresso sentir-se sempre mais à vontade para ampliar custos, não para reduzi-los.

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