VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ALINHADO COM A CORRUPÇÃO - PERGUNTAR É PRECISO!


PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - Perguntar é preciso - Zero Hora, 12/08/2010

Os militantes fanáticos crucificaram na internet a dupla William Bonner e Fátima Bernardes por interromper os candidatos entrevistados no Jornal Nacional para fazer perguntas. Reagiram como se perguntar fosse uma ofensa e não a obrigação de quem faz uma entrevista. Em 12 minutos, tempo que duraram as entrevistas do JN, é impossível dissecar um plano de governo. Os entrevistadores optaram por explorar as contradições e fizeram isso com os três.

Quem já entrevistou um candidato sabe que raros são os que expressam ideias de forma concisa. A maioria, se não for interrompida, gastará pelo menos cinco minutos para responder à primeira pergunta. Da necessidade de evitar o monólogo e tornar a entrevista interessante, resultam interrupções que o telespectador em geral e o militante em particular podem considerar deselegantes e até agressivas.

Dilma Rousseff pagou o preço de ter sido escolhida, por sorteio, para inaugurar a série. José Serra foi para a bancada sabendo o que encontraria e preparado para dar respostas mais curtas. Os petistas reclamaram de tudo: das perguntas, das interrupções, da insistência em falar de temas espinhosos, como o mensalão e as alianças com antigos desafetos, como José Sarney, Jader Barbalho e Fernando Collor. A pergunta de Bonner foi se ela achava que o PT errou quando criticava esses personagens ou agora que está aliado a eles. Marina Silva também foi confrontada com suas contradições e interrompida quando se estendeu nas respostas.

A Serra, foi feita pergunta semelhante à que mais incomodou os petistas quando feita a Dilma: se ele não sentia constrangimento ao receber o apoio do PTB, liderado por Roberto Jefferson, um dos envolvidos no escândalo do mensalão e que teve o mandato cassado com os votos dos tucanos. Serra também foi interrompido e teve a despedida cortada porque estourou o tempo. Bonner questionou o tucano sobre um tema indigesto para o PSDB paulista: os pedágios. Perguntou se pretende adotar no país o modelo de concessão de São Paulo, criticado pelo alto preço da tarifa e pelo excesso de pontos de cobrança. Serra foi obrigado a defender o sistema e admitiu que pode, sim, adotá-lo no país se for eleito.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA -

Diga-me com quem andas e eu te direi quem és. Engolir um sapo barbudo, dormir ao lado do inimigo, aceitar o traidor na trincheira, cooptar com a postura adversa e ficar ao lado da corrupção mostram a concordância com o aquilo que antes combatiam. E isto não é política, é a busca do poder por qualquer meio, não interessa com quem e para quê.

O Brasil precisa de uma nova postura do eleitor que de forma consciente e cívica possa enxergar as divergências entre as promessas e os atos dos políticos em campanha. Infelizmente os candidato de maior porte estão alinhados com a corrupção e sobra para o eleitor mais atento partidos radicais ou inexpressivos.

As eleições de 2010 não apontam alternativas para quem sonha com políticos honestos, coerentes e democráticos.

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