VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 14 de agosto de 2010

SELEÇÃO ÉTICA?


Seleção ética - ZERO HORA EDITORIAL - 14/08/2010

Já que os partidos não assumem sua responsabilidade, excluindo de suas listagens candidatos com mau currículo, os doadores de campanha começam a fazer sua parte. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) demonstram que candidatos identificados como “fichas-sujas” estão sendo obrigados a usar dinheiro do próprio bolso para financiar suas campanhas, pois os doadores desapareceram. A decisão dos financiadores é promissora numa área em que muitos candidatos parecem pouco preocupados com a ética já a partir da escolha de seus aliados, passando a ideia de que, ou estavam errados antes, ou estão agora.

Ainda pendente de uma decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF), a lei conhecida popularmente como Ficha Limpa vem acenando com a possibilidade de funcionar como um filtro de políticos já condenados. Lamentavelmente, as próprias agremiações, que deveriam ser as principais interessadas na moralização da política, parecem não se aperceber da importância da mudança, ao insistirem em bancar financeiramente candidatos nessa situação.

O agravante é que partidos com essa prática acabam se valendo, na maioria das vezes, das chamadas “doações ocultas”, uma das brechas que seguem dando margem a distorções no financiamento de campanhas. Esses recursos, como prevê a lei, são destinados às legendas, mas muitas vezes acabam “carimbados” pelo doador com o nome de um determinado político.

Nesse cenário de tantos candidatos sub judice, de partidos que hesitam em impor maior rigor no registro de candidaturas, é positivo que os financiadores de campanha, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, se mostrem mais rigorosos na escolha de quem preferem bancar. A sociedade organizada já vem contribuindo de diferentes formas para conferir maior seriedade à política, valendo-se principalmente de ferramentas colocadas à disposição pelas novas tecnologias para orientar os eleitores. Mas é importante que, a exemplo do que vem ocorrendo agora com os financiadores, cada vez mais cidadãos possam se integrar a esse processo para qualificar o voto, a política e a própria democracia.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Enquanto perdurarem as leis atuais e este sistema político corrupto e corruptor, os partidos políticos e o judiciário lavarão as mãos para as improbidades dos políticos. Resta ao povo exigir novas leis, fim das doações de campanha, MP mais vigilante e diligente e varas especiais para aplicar a lei com coatividade, rigor contra as farras, improbidades e corrupção e agilização dos processos judiciais. Mas, para iniciar esta revolução, os doadores de campanha que forem éticos (o que é difícil devido à troca de favores) poderiam adotar a postura de não contribuir com os "ficha-sujas" e o eleitorado começar a discutir o voto nas associações, confrarias, sindicatos, agremiações e comunidades, buscando identificar aqueles candidatos realmente comprometidos com seus anseios e com a paz social.

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