VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

IMPUNIDADE - MODERNIZAÇÃO COM ESSES VEREADORES?

Modernização com esses vereadores? - José Andersen, Médico perito - Zero Hora, 13/08/2010

De nada adianta buscar a reforma e a modernização do serviço público se os agentes políticos continuam tratando o interesse coletivo de forma patrimonialista, visando a seu próprio bem. Os casos envolvendo vereadores não são regra, mas continuam se repetindo. Com um marketing atrativo, bem feito, o cidadão é induzido a acreditar que as organizações do setor público sairão do seu status quo burocrático em busca de uma maior qualidade na prestação dos serviços, através da efetiva participação da sociedade na avaliação dos resultados e correções de rumo, mantendo o pacto de transparência na busca das metas estabelecidas em comum. Mas há de se falar também em fiscalização, apuração das responsabilidades e a devida punição dos envolvidos!

Apesar da resistência de alguns setores, entre eles alguns corporativos, é inevitável que se busque uma adaptação aos eventos globais e que se torne o papel do Estado mais ágil, menos burocrático, apto a atender as necessidades do cidadão e não apenas as do próprio Estado ou de seus funcionários. Demandas de pessoas passam a ser mais importantes que o rito burocrático ou o poder que o cargo, temporário, deve-se ressaltar, pretensamente confere ao agente público que assim pensa e age, ferindo a ética e a modernização pretendidas pelos governos.

A credibilidade pretendida e a duras penas conquistada é colocada em risco quando agentes de fiscalização do Executivo e defensores das demandas sociais, que envolvem justamente esses serviços públicos, agem em seu próprio interesse, ferindo a confiança do povo que os elegeu e lhes delegou autoridade. A moralidade do processo de reformas é posta em dúvida e frustra mais uma vez o cidadão que acreditava que, dessa vez, os serviços, quem sabe, iriam melhorar e algumas pessoas não iriam aproveitar-se do cargo para locupletar-se... Gostaria de saber o que aconteceu nos casos anteriores publicados em nossos jornais.

Existe um descompasso claro entre as reformas gerenciais pretendidas e alguns políticos, ou melhor, sua velha prática política. Embarcados juntos no projeto da melhoria gerencial do Estado e nas promessas de campanha, alguns aproveitadores maculam a confiança das pessoas e confundem o usuário, pois, a meu ver, ainda não temos a figura real do cliente do serviço público. E segue o cidadão, já tão massacrado que foi pela burocracia, descrente de resultados quando necessita e, ainda assim, cético em sua esperança nas próximas eleições. Chega de projetos e novos programas de governo a cada semana. Bastaria, sim, é de impunidade.

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