Mato Grosso do Sul. Prefeito de Dourados recebia cerca de R$ 500 mil por mês com fraudes, diz secretário que denunciou esquema - 02/09/2010 às 12h56m - TV Morena
CAMPO GRANDE - O prefeito de Dourados, Ari Artuzi, preso e acusado de chefiar um esquema de fraude em licitações para desviar dinheiro do município , recebia em torno de R$ 500 mil por mês. O dinheiro seria dividido entre o prefeito, secretários do município e ainda era utilizado para pagar um 'mensalinho' a vereadores da cidade. A estimativa foi feita pelo secretário de Governo do Dourados, Eleandro Passaia, autor da denúncia. Imagens mostram o prefeito e o vice recebendo dinheiro, que seria fruto de propina.
Segundo a acusação da Polícia Federal, as licitações da prefeitura seriam fraudadas e as empresas vencedoras seriam obrigadas a pagar pelo menos 10% de propina.
Passaia disse que decidiu fazer a denúncia sobre o esquema no mesmo dia em que soube que a primeira-dama fazia uma cirurgia plástica , em que teria utilizado o dinheiro desviado, enquanto que em um posto de saúde do município uma criança teria ficado cega em razão da falta de medicamentos.
- Se o prefeito recebia dinheiro de propina e sua mulher vai fazer uma cirurgia dessas, é lógico que o dinheiro esteja vindo da propina. Enquanto tem criança que perde a visão porque não tem remédio em posto de saúde da cidade é muito revoltante - comentou Passaia.
Ari Artuzi, um dos 29 presos na Operação Uragano, foi transferido, em um comboio de carro, com forte esquema de segurança, para Campo Grande, no fim da tarde de ontem. Ele deve cumprir a prisão temporária de 5 dias no complexo penitenciário de Campo Grande, mas de última hora decidiu-se em levá-lo para a 3ª Delegacia de Polícia na Capital, no Carandá Bosque.
Os demais homens detidos foram encaminhados para a Phac (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa) e as mulheres para o presídio semiaberto de Dourados. O advogado de Artuzi, Carlos Marques, disse que não poderia fazer qualquer comentário sobre o caso ou mesmo das medidas jurídicas que adotará para tentar libertar o prefeito, porque ainda não teve acesso ao inquérito policial.
A rotina administrativa em áreas essenciais, como posto de saúde, escola, recebimento de tributos, não foi afetada em razão da prisão do prefeito, segundo fonte da Prefeitura. Um funcionário da área de comunicação disse que 'a ordem é esperar'. Segundo ele, com a operação da Polícia Federal foram canceladas apenas audiências, agendas e obras que dependem de contratos. Ainda segundo o funcionário, o pagamento dos servidores deve acontecer até o quinto dia útil. "Ele [Artuzi] continua prefeito, apesar da prisão temporária",
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