Bastidores: Cifras dividem a briga pelo poder na Valec e no Dnit. Christiane Samarco / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo - 27/07/2011
A briga pelos postos de poder na Valec e no Dnit é uma só, mas os propósitos da ocupação política destas duas vedetes do Ministério dos Transportes são diversos, passando do atacado ao varejo no jogo partidário e eleitoral.
Dona de contratos milionários de grandes obras ferroviárias, a Valec pode ser útil na operação política das cúpulas dos partidos, empenhadas em financiar a legenda e fazer caixa para as próximas eleições. Já o Dnit, com suas obras rodoviárias de cifras mais modestas, torna-se instrumento eficaz na operação da política mais miúda, municipalista.
A despeito das características singulares de cada estatal, um dirigente do PR diz que o Dnit acaba convertido em instrumento mais amplo de ação política. Tanto que, segundo ele, nove em cada dez deputados nem tomam conhecimento do nome do presidente da Valec, enquanto dez entre dez parlamentares do partido sabem quem comanda o Dnit.
Além de grandes estradas federais, o Dnit faz obras simples, como restauração de passarelas, reparo em estrada, contorno rodoviário. Além de atenderem mais de perto a demanda das bases eleitorais, são obras mais baratas e, portanto, acessíveis não só à cúpula dirigente, mas também ao chamado baixo clero das bancadas no Congresso.
Obras de ferrovias interessam a um público mais restrito de deputados, mas vêm chamando a atenção do Tribunal de Contas da União (TCU). Tal como revelou o Estado na semana passada, em meio à crise no comando dos Transportes, o TCU identificou indícios de prejuízo de R$ 420 milhões aos cofres públicos na Valec. Só nas obras ferroviárias em trechos da Norte-Sul e Oeste-Leste, a equipe técnica do TCU apontou a existência de estimativa de sobrepreço de 44,71% na compra antecipada de materiais que deverão ser usados apenas na parte final da construção dos trechos das duas ferrovias.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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