Legislativo mineiro vai apurar se conduta de parlamentar feriu o decoro enquanto a Polícia Federal investiga se a droga apreendida tem relação com o deputado estadual
29 de novembro de 2013 | 18h 58
ANTONIO DIAS - Agência Estado
Belo Horizonte - A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai abrir um procedimento para apurar o envolvimento do deputado estadual Gustavo Perrella (Partido Solidariedade) com a apreensão do helicóptero de propriedade da empresa Limeira Agropecuária, da qual o parlamentar é sócio, no interior do Espírito Santo, com mais de 400 kg de cocaína.
Divulgação/PF
Helicóptero que transportava drogas era abastecido com dinheiro da Assembleia de Minas
Em nota, a ALMG, além de exonerar o piloto Rogério Almeida, contratado da Casa por indicação de Perrella, informou que a Procuradoria Geral da Assembleia acompanhará o andamento das apurações que serão feitas e que não serão toleradas ações que firam o decoro exigido pelo parlamento mineiro.
O deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB) afirmou que a medida apresentada pela Mesa Diretora da Assembleia é bem-vinda, apesar de tardia. Segundo ele, enquanto a Polícia Federal investiga se a droga apreendida no helicóptero tem relação com o deputado estadual ou com o seu pai, o senador Zezé Perrella, que também utilizou a aeronave com verba indenizatória do Senado Federal, a ALMG poderá abrir processos administrativos.
"É preciso também investigar se o deputado feriu princípios administrativos, utilizando verbas e servidores públicos para fins pessoais", comentou. Caso a Polícia Federal confirme envolvimento de Perrella com a droga apreendida, ele poderá até enfrentar um processo de cassação, conforme afirmou o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, deputado estadual Sebastião Costa (PPS), que é da mesma base do deputado. "A comissão poderá propor penalidades proporcionais ao dano causado, que pode variar de advertência, suspensão, até medida mais extrema, que seria a cassação, o que a gente não deseja", disse o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, deputado estadual Sebastião Costa (PPS), que é da mesma base de Perrella.
Na tarde desta sexta-feira, 29, o partido Solidariedade, do qual é filiado há cerca de dois meses, divulgou uma nota de apoio, dizendo que aguardará a conclusão da investigação para decidir sua situação. Apesar de ressaltar que Gustavo participa do processo apenas como proprietário da aeronave e testemunha do episódio, a nota afirma que o Solidariedade aguardará a conclusão da investigação para se manifestar.
"O Partido Solidariedade, por seu Presidente Paulo Pereira da Silva, vem a público esclarecer que o partido não tomará qualquer posição baseada unicamente nas reportagens dos jornais. Nenhuma das notícias veiculadas até o momento, nem mesmo o depoimento dos envolvidos no incidente, aponta o envolvimento do Deputado Estadual por Minas Gerais, Gustavo Perrella. Tendo em vista que o parlamentar mineiro figura unicamente como proprietário da aeronave e testemunha do episódio, não sendo sequer investigado, o partido aguardará a conclusão da investigação sob pena de promover julgamento sumário", diz a nota.
ANTONIO DIAS - Agência Estado
Belo Horizonte - A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai abrir um procedimento para apurar o envolvimento do deputado estadual Gustavo Perrella (Partido Solidariedade) com a apreensão do helicóptero de propriedade da empresa Limeira Agropecuária, da qual o parlamentar é sócio, no interior do Espírito Santo, com mais de 400 kg de cocaína.
Divulgação/PF
Helicóptero que transportava drogas era abastecido com dinheiro da Assembleia de Minas
Em nota, a ALMG, além de exonerar o piloto Rogério Almeida, contratado da Casa por indicação de Perrella, informou que a Procuradoria Geral da Assembleia acompanhará o andamento das apurações que serão feitas e que não serão toleradas ações que firam o decoro exigido pelo parlamento mineiro.
O deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB) afirmou que a medida apresentada pela Mesa Diretora da Assembleia é bem-vinda, apesar de tardia. Segundo ele, enquanto a Polícia Federal investiga se a droga apreendida no helicóptero tem relação com o deputado estadual ou com o seu pai, o senador Zezé Perrella, que também utilizou a aeronave com verba indenizatória do Senado Federal, a ALMG poderá abrir processos administrativos.
"É preciso também investigar se o deputado feriu princípios administrativos, utilizando verbas e servidores públicos para fins pessoais", comentou. Caso a Polícia Federal confirme envolvimento de Perrella com a droga apreendida, ele poderá até enfrentar um processo de cassação, conforme afirmou o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, deputado estadual Sebastião Costa (PPS), que é da mesma base do deputado. "A comissão poderá propor penalidades proporcionais ao dano causado, que pode variar de advertência, suspensão, até medida mais extrema, que seria a cassação, o que a gente não deseja", disse o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, deputado estadual Sebastião Costa (PPS), que é da mesma base de Perrella.
Na tarde desta sexta-feira, 29, o partido Solidariedade, do qual é filiado há cerca de dois meses, divulgou uma nota de apoio, dizendo que aguardará a conclusão da investigação para decidir sua situação. Apesar de ressaltar que Gustavo participa do processo apenas como proprietário da aeronave e testemunha do episódio, a nota afirma que o Solidariedade aguardará a conclusão da investigação para se manifestar.
"O Partido Solidariedade, por seu Presidente Paulo Pereira da Silva, vem a público esclarecer que o partido não tomará qualquer posição baseada unicamente nas reportagens dos jornais. Nenhuma das notícias veiculadas até o momento, nem mesmo o depoimento dos envolvidos no incidente, aponta o envolvimento do Deputado Estadual por Minas Gerais, Gustavo Perrella. Tendo em vista que o parlamentar mineiro figura unicamente como proprietário da aeronave e testemunha do episódio, não sendo sequer investigado, o partido aguardará a conclusão da investigação sob pena de promover julgamento sumário", diz a nota.
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