VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

RENOVAÇÃO CRITERIOSA


ZERO HORA 25 de novembro de 2013 | N° 17625


EDITORIAIS



O Brasil possui uma das mais altas taxas de renovação dos parlamentos entre as democracias do mundo. A cada legislatura, o percentual de novos parlamentares costuma ficar em torno de 50% o que evidencia uma alternância saudável. Significa que, de quatro em quatro anos, os eleitores utilizam o voto para aprovar ou reprovar os seus representantes, excluindo-se, obviamente, aqueles que optam por não se candidatar à reeleição. O que intriga nesse processo é a permanência em algumas assembleias de representantes, especialmente no Congresso Nacional, de vícios e deficiências identificados pelos eleitores nos parlamentares excluídos. Fica a impressão de que o povo consegue afastar os maus representantes, mas não consegue extirpar da organização a cultura da inoperância e os desvios éticos.

Por que isso acontece? Uma das respostas é a falta de hábito do eleitor brasileiro de fiscalizar governantes e parlamentares durante todo o mandato. Invariavelmente, os cidadãos só se preocupam e se informam sobre os políticos durante as campanhas eleitorais, ou na véspera dos pleitos. Prova disso é a já folclórica falta de memória do eleitor em relação ao seus escolhidos nas urnas. Seria mais saudável para o nosso processo político que os cidadãos não só anotassem o nome do candidato sufragado, como também se preocupassem em acompanhá-lo ao longo do mandato, de preferência mantendo algum tipo de comunicação com ele.

Assim, ficaria mais fácil para o eleitorado fazer uma renovação criteriosa no Executivo e no Legislativo. Cidadãos bem informados são menos suscetíveis às influências das campanhas eleitorais e conseguem tomar decisões mais adequadas aos interesses coletivos. E esse cuidado certamente ajudaria a livrar nossas instituições de mazelas arraigadas, que resistem à alternância de nomes.



BRASÍLIA | CAROLINA BAHIA

Sem comemorações


O Congresso chega ao final do ano com um saldo deprimente. A lista de pendências, revelada pela reportagem de Guilherme Mazui, mostra que o interesse dos parlamentares se limita ao momento da comoção nacional. O projeto da Kiss é um exemplo emblemático. É vergonhoso que nem mesmo a bancada gaúcha, que sentiu de perto a tragédia de Santa Maria, tenha se mobilizado em nome desta votação. O mesmo ocorreu com a tal pauta positiva, desenhada logo após os protestos de junho. A reforma política não passou de um engodo e o fim do voto secreto aguarda um acordo entre Câmara e Senado. Na retrospectiva do ano, a principal imagem será do plenário da Câmara salvando a pele do deputado-presidiário Natan Donadon. Que a próxima legislatura seja melhor.

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