VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 17 de novembro de 2013

HONORÁVEIS DETENTOS


ZERO HORA 17 de novembro de 2013 | N° 17617 -


KLÉCIO SANTOS | EDITOR-CHEFE DA SUCURSAL BRASÍLIA


O Congresso mais uma vez é refém da sua incompetência. E mais uma vez demonstra a falta de sintonia com a sociedade. Postergou o quanto pode assuntos extremamente relevantes como a PEC dos mensaleiros, que prevê a perda imediata de mandatos em casos de condenações criminais sem possibilidade de recursos.

Só com o recomeço do julgamento do mensalão e diante da iminência de aumentar a bancada carcerária da Câmara é que o deputado José Guimarães, irmão de José Genoino e líder do PT, encaminhou uma lista dos nomes que representarão o partido na comissão especial que analisa a PEC.

A outra solução para evitar mais constrangimentos teria sido aprovar o fim do voto do secreto, que tramita tanto no Senado quanto na Câmara com nuances diferentes, mas em sintonia com o corporativismo reinante nas duas Casas, ou seja, a passos de tartaruga. Agora, o Senado anuncia que vota a medida em segundo turno na próxima semana, enquanto Henrique Eduardo Alves lavou as mãos e foi passear na Broadway.

Foi pela ausência de transparência que Natan Donadon acabou escapando da cassação. É por isso que Henrique Alves avisou que só levaria a plenário a cassação dos mensaleiros cujas prisões podem ser decretadas se o fim do voto secreto for votado. Quer evitar mais uma enxurrada de críticas porque sabe bem o risco que corre de os colegas livrarem mais integrantes da bancada do xilindró. Se Donadon, que era um ninguém, se safou, imagine Valdemar Costa Neto, que controla o PR, ou mesmo Genoino. Enfim, não é de agora essa dissociação.

A Lei Kiss, que regula a prevenção de incêndio em locais de aglomeração, mofa nos escaninhos do Congresso. Mas é sempre assim: quando um fato de repercussão ocorre, não faltam discursos e propostas de ocasião, sem nenhuma mudança real. Aconteceu agora após o resgate dos beagles. Não faltaram ideias para discutir a pesquisa com animais no país, mas de concreto mesmo, nada aconteceu.


Nenhum comentário: