VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

OS JOVENS E A PRIMEIRA VEZ


ZERO HORA 01 de novembro de 2013 | N° 17601

ARTIGOS

Thiago Roberto Sarmento Leite*



Toda primeira vez tende a associar-se a conotações marcantes, as quais normalmente permanecem na mente do ser humano (seja para o bem, seja para o mal); mormente com decorrências imediatas e/ou supervenientes... Assim, o ato de votar pela primeira vez por parte dos jovens (moços/moças) se constitui em algo de alta relevância para os mesmos, eis que se torna circunstância de imensa importância à afirmação da personalidade de cada um. Por quê? Por possibilitar efetivo engajamento no processo sociopolítico; então, deixando de ser mero espectador para tornar-se real protagonista. Especialmente quando o voto lançado na urna eleitoral tiver sido antecedido por séria reflexão definindo cunho de responsabilidade no tocante ao(s) candidato(s) escolhido(s).

Faz sentido? Certamente que sim! Razão pela qual são de se louvar as oportunas medidas adotadas pela Justiça Eleitoral: estimular e facilitar o alistamento eleitoral de jovens na faixa dos 16 aos 17 anos, com vistas à obtenção do título eleitoral. Daí, propiciar que – nas eleições que se avizinham (2014) – jovens já possam (em virtude de implemento legal de idade) exercer o direito de sufragar os nomes dos que, eventualmente, poderão ser seus lídimos representantes nas diversas esferas públicas.

Por evidente, o voto livre, secreto e universal há de ter concreta eficácia, para o que os jovens estão sendo chamados a influir. No momento, aliás, em que grassam desencanto e, mesmo, frustrações em relação a muitos dos integrantes da denominada “classe política”; isto, lamentavelmente, face a “condutas vedadas” (atuações antiéticas e perniciosas em relação ao erário etc.), assumidas por parte de muitos. Todavia, cumpre não ser olvidado, aqui, que outros tantos, felizmente, têm se conduzido digna e devotadamente à causa pública e em prol da coletividade. De destacar: voto, portanto, que há de ser entendido e exercido como autêntico e fundamental filtro para o fortalecimento e desenvolvimento social. Em boa hora, o Tribunal Regional Eleitoral/RS cuida de incrementar ações tendo como meta participação da juventude no processo eleitoral. Inclusive, contando com o precioso apoio dos meios de comunicação em geral, com chamamentos para conscientização, tais como: “Eu me represento: eu voto”. A propósito, a diligente presidente da Corte, desembargadora Elaine H. Macedo, concitou os “... jovens que fizeram manifestações nas ruas, sobretudo no mês de junho...” (seguramente referindo-se aos que agiram de maneira ordeira), e aduzindo, com propriedade, que “... podem agora marcar suas posições políticas através do voto...”. Com efeito, o voto há de ser, com absoluta garantia, o modo para aclamar os mais capacitados a atuar e, consequentemente, poder ocorrer legítima evolução pacífica, consistente e favorecedora da sociedade. Jamais, pois, podendo ser adotado “voto em branco” ou “voto nulo”, preconizados por alguns céticos que nada mais são do que simples desagregadores. Enfim, será viável alcançar algumas mudanças neste momento histórico? Afirmativo! E a visão de maior amplitude que logo exsurge é que o jovem – a partir de sua “primeira vez” no âmbito cívico-político-eleitoral – possa estrear (marcado pelo bem e não pelo mal) em cenário realista e por acurada concepção e vir contribuir positivamente na construção de uma sociedade mais equânime com a justiça social.

*EX-JUIZ DO PLENO DO TRE-RS

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