VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O ELEITOR COMO FISCAL

EDITORIAL ZERO HORA (07/07/2010) - O ELEITOR COMO FISCAL

A campanha eleitoral que começou oficial e formalmente ontem impõe restrições aos candidatos, partidos e veículos de imprensa, mas também abre espaço para um posicionamento mais participativo dos eleitores. Caberá ao cidadão acompanhar de perto a campanha e fazer uso dos inúmeros instrumentos de comunicação que a tecnologia lhe proporciona para efetivamente interagir no processo, dirigindo-se aos seus representantes e aos meios de comunicação para manifestar suas posições, para exigir seriedade e responsabilidade na propaganda, nos debates e nos posicionamentos dos pretendentes a cargos públicos.

O fato novo e significativo das campanhas eleitorais é uma consequência do desenvolvimento acelerado de novas mídias, todas produto da confluência da computação e das telecomunicações. A internet, com sua simplicidade e universalidade, deu a cada cidadão o poder de expor instantaneamente sua opinião e, assim, de se tornar presente nos fatos políticos, nas emergências econômicas e em todas as polêmicas sociais e culturais. O uso adequado dessa nova ferramenta é mais um desafio para os agentes políticos diretamente envolvidos na campanha. O nível do processo eleitoral passará necessariamente pelo uso civilizado, educado e responsável dessas novas ferramentas. Obviamente ninguém, nem os órgãos de fiscalização, nem as organizações partidárias, terá condições de gerenciar plenamente o uso da internet e de suas redes sociais, dada a natureza desses novos meios. Por isso, a campanha se prestará à difusão de verdades, inverdades ou meias verdades, de debates sérios e de calúnias, de projetos responsáveis e de especulações sem qualquer razoabilidade. Joio e trigo. Mais uma vez, o eleitor terá que saber selecionar suas fontes e dar atenção às que têm credibilidade.

As campanhas, que agora estão nas ruas oficialmente, liberadas pelo calendário eleitoral, serão como sempre um teste para a democracia e uma oportunidade para a elevação dos padrões políticos, mas desta vez terão a presença de um fator cuja importância se sabe, mas cujo desempenho é uma incógnita. A credibilidade de sites, blogs, redes de relacionamento e toda essa nova constelação de fontes de informação será testada junto com a capacidade do eleitor de escolher o candidato certo e de apostar nos projetos mais adequados para o Estado e o país. O papel fiscalizador do eleitor, de cuja maturidade dependerá a decisão sobre o próprio nível da campanha, terá uma função predominante, ao lado das tarefas institucionais dos partidos, da Justiça Eleitoral e dos demais órgãos controladores. Todos estão sendo testados.

O nível do processo eleitoral passará necessariamente pelo uso civilizado, educado e responsável das novas ferramentas de comunicação.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Acho que os editores de Zero Hora vivem num país onde o eleitor é consciente do seu papel e o sistema político já está sedimentado na moralidade e em leis fortes. Não se pode passar a responsabilidade para o eleitor quando existem leis instrumentos, pagos pelo eleitor, para fiscalizar e punir os imorais, os ficha sujas e a bandidagem política. Como estes instrumentos não são aplicados, que força terá o eleitor para fiscalizar? Portanto, devemos sim exigir a aplicação destes instrumentos e não esperar que o coitado e impotente eleitor seja capaz de mudar a postura e esta estrutura corruptas e imorais que vigoram na política brasileira.

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