A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
sábado, 29 de janeiro de 2011
CABOTAGEM SUSPEITA ENVOLVE 5 MILHÕES EM PROPINA
Irmão do senador eleito Roberto Requião é acusado de envolvimento em esquema de corrupção no Porto de Paranaguá - Luiza Villaméa - REVISTA ISTO É, N° Edição: 2151, 28.Jan.11. Atualizado em 29.Jan.11.
Há problemas em Paranaguá, o maior porto graneleiro da América Latina, e não se trata apenas de desvio de mercadoria. Superintendente do porto situado no litoral do Paraná entre 2003 e 2008, Eduardo Requião, irmão do senador eleito e ex-governador Roberto Requião (PMDB), é acusado de ser o maior beneficiário de um esquema envolvendo propina de US$ 5 milhões na compra de uma draga importada da China. A negociata foi descoberta pela Polícia Federal durante monitoramento de telefones feito para investigar denúncia de desvio de mercadorias no porto. “A draga foi uma surpresa”, afirma Jorge Fayad Nazário, delegado-chefe da Polícia Federal em Paranaguá. “O negócio não se concretizou, mas o simples fato de solicitar propina já caracteriza o crime de corrupção passiva.”
Além do acerto para a propina – a parte de Eduardo Requião totalizaria US$ 2,5 milhões –, as interceptações telefônicas detectaram a existência de um amplo esquema de corrupção e de contratação direcionada de empresas. Acusado de participação direta na maior parte das irregularidades, o superintendente que sucedeu Eduardo Requião, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, foi preso no Rio de Janeiro e transferido para o Paraná na terça-feira 25. Sua prisão ocorreu durante a chamada Operação Dallas, que cumpriu 29 mandatos de busca e apreensão, inclusive em propriedades de Eduardo Requião. Em uma delas – uma casa no Rio de Janeiro –, a polícia encontrou R$ 140 mil em espécie e apreendeu farta documentação, além de armas.
Eduardo Requião só deve ser intimado a depor no inquérito depois que os documentos apreendidos durante a Operação Dallas forem analisados e os dados cruzados com as informações obtidas durante o monitoramento telefônico, que durou seis meses. Nem ele nem o senador eleito falam à imprensa sobre as investigações, mas Roberto Requião postou em seu Twitter o seguinte comentário: “A tentativa de envolver Eduardo Requião em escândalos no Porto é descabida, desde outubro de 2008 ele estava fora.”
Antes de a operação ser desencadeada, a Polícia Federal requisitou à Justiça a prisão de Eduardo Requião. Embora tenha indeferido o pedido, o juiz federal Marcos Josegrei da Silva ressaltou que fatos relativos ao ex-superintendente mereciam ser investigados, como a “menção a remessas ilegais de altas somas em dinheiro feitas por ele para contas bancárias no exterior, bem como de que mantinha em casa, sem comprovação de origem, o montante de US$ 2 milhões”. Para complicar ainda mais o cenário, na quinta-feira 27 a imprensa do Paraná trouxe à tona denúncias do engenheiro Leopoldo Campos, demitido do porto em 2007, após denunciar ao então governador Roberto Requião a existência do esquema de corrupção. De acordo com o engenheiro, de lá para cá, a única novidade para ele foi a operação envolvendo a draga chinesa. Como os acusados, o antigo denunciante também será chamado para prestar depoimento no inquérito que apura a cabotagem suspeita no Porto de Paranaguá.
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