Congresso passa por obras de R$ 10 milhões; melhorias incluem novos restaurantes, carpetes e iluminação - 14/01/2011 às 23h17m; Isabel Braga
BRASÍLIA - A 15 dias do início da nova legislatura, operários se desdobram para que senadores e deputados tomem posse, dia 1º de fevereiro, em instalações reformadas, limpas e pintadas a um custo de pelo menos R$ 10 milhões. No caso do Senado, encontrarão um plenário mais iluminado, o prédio impermeabilizado, carpete novo no Salão Azul e até uma praça de alimentação, com restaurantes e lanchonete, para 200 pessoas. Ao todo, o custo das melhorias no Senado somam R$ 8 milhões.
Na Câmara, também está sendo trocado o carpete do Salão Verde e os dois painéis de votação do plenário, que terão modernos telões de LCD, cujo custo soma R$ 1,7 milhão. A obra que deverá atrair mais atenção, no entanto, é a de menor valor: a Câmara gastou R$ 48.350 mil com a implantação de uma plataforma elevatória que garantirá o acesso à tribuna do plenário dos três deputados cadeirantes eleitos no ano passado.
Sensibilizados pelos apelos sobre a importância de acesso à tribuna feitos, principalmente, pela deputada novata Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é cadeirante e tetraplégica, os funcionários tentam garantir que o elevador esteja em pleno funcionamento já no primeiro dia de trabalho.
No Senado, a primeira etapa de reforma do plenário, que não sofria reparos desde 1970, foi focada em melhorias nas instalações elétricas, ar-condicionado e acústica, além de mudanças na iluminação ambiental e cênica, mais adequadas às transmissões da TV Senado. Só na segunda etapa, que deve ter o edital lançado ainda neste semestre, serão licitadas a mudança do carpete e obras de acessibilidade.
Apesar do custo de quase R$ 5 milhões, a mudança será perceptível em termos de uma iluminação melhor e vai possibilitar economia de energia.
- Esteticamente, o plenário ficará igual, mas a estrutura elétrica, de iluminação e acústica foi toda modernizada - disse Evandro Chaves, diretor de manutenção de engenharia do Senado.
Os 81 senadores também poderão fazer obras de decoração ou adequação em seus gabinetes ou apartamentos funcionais. A verba, no entanto, é limitada a R$ 62 mil por parlamentar.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Salários exagerados, pagamento de dívidas de campanha e muitas obras saqueiam os cofres públicos para alimentar a possessividade e a ganância do Congresso Nacional. Enquanto isto, saúde, educação, segurança e defesa civil se transformam em calamidades sem soluções. Tudo isto com a conivência do adormecido povo brasileiro.
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