A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
CABIDE DE EMPREGOS
PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - ZERO HORA 27/12/2011
Japoneses e alemães acostumados com assessorias enxutas em seus parlamentos devem ter imensas dificuldades para entender uma notícia como a publicada na edição de ontem de Zero Hora, de que o Senado brasileiro abriu inscrições para um concurso que selecionará 246 pessoas com salários de R$ 13,8 mil a R$ 23,8 mil. O Brasil, agora sexta maior economia do mundo, tem uma média de 77,3 assessores para cada um dos 81 senadores e ainda vai fazer concurso para contratar mais 246. Mais ricos e mais austeros, Japão e Alemanha jamais teriam como acomodar essa multidão em seus parlamentos por falta de espaço físico e de trabalho para ocupar as oito horas diárias.
O Senado brasileiro tem hoje 3.187 funcionários efetivos e 3.076 em cargos em comissão. Se você duvida, passe lá no site www.senado.gov.br, clique em Portal da Transparência e confira o nome de cada um. A lista de cargos e funções, com a respectiva data de admissão, soma 259 páginas nos efetivos e 251 nos comissionados. O site oferece também informações sobre a “estrutura remuneratória”, com salários de encher os olhos dos chamados “concurseiros”.
Por que o Senado precisa de tantos funcionários? Eis aí uma pergunta para a qual ainda está faltando resposta satisfatória. Se fosse uma empresa, quantos funcionários deveria ter o Senado para produzir o que produz? Dá para imaginar o que faz esse exército de 6.263 pessoas?
A Câmara dos Deputados não fica atrás. São 17,7 mil servidores, entre efetivos, comissionados e cedidos de outros órgãos, numa média de 34,5 para cada deputado – parte deles ligada diretamente ao gabinete, trabalhando em Brasília ou na base eleitoral, e outra na estrutura da Câmara. Recentemente, a Câmara criou 66 cargos para atender à bancada do PSD, sem que o número de deputados tenha sido alterado. Em vez de remanejar as vagas e os espaços dos partidos que perderam deputados para o PSD, criam-se novos cargos, como se as verbas públicas fossem elásticas.
A propósito, tanto no parlamento alemão quanto no japonês, o número de assessores de cada parlamentar é mínimo. Na Alemanha, cada deputado tem uma equipe ínfima e conta com os serviços de técnicos que trabalham para a bancada inteira. Por ocuparem gabinetes exíguos, no Japão é comum os parlamentares receberem visitantes em salas de uso comum, funcionais e sem nenhuma ostentação.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - ATÉ QUANDO A SOCIEDADE ORGANIZADA BRASILEIRA VAI ESPERAR PARA REAGIR CONTRA ESTAS AFRONTAS DO SENADO QUE SE SUPERLOTA DE ASSESSORES E DIRETORES PAGOS COM ALTOS SALÁRIOS, ENQUANTO PÍLOTOS DE CAÇA, GENERAIS, CORONÉIS DA PM, DELEGADOS DE POLÍCIA, ENTRE OUTROS. É UM ESCÁRNIO QUE DESPREZA O SENSO DE PROBIDADE, RESPONSABILIDADE E COMPROMETIMENTO COM O INTERESSE PÚBLICO.
E o povo brasileiro fica quieto na esperança que o eco da mídia e dos blogueiros de plantão possa vencer um Poder de Estado que continuamente vem praticando atos de imoralidades, militância política e saques aos cofres públicos através de dispositivos legais permitidos por uma justiça cego, um fiscal de contas corporativo e promotores públicos enfraquecidos.
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