VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 9 de maio de 2015

A MEIA VERDADE DO PT SOBRE AS DOAÇÕES PRIVADAS

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ISTOÉ

REVISTA ISTO É INDEPENDENTE


Brasil Confidencial
por Eumano Silva



A meia verdade do PT sobre as doações privadas


O anúncio feito pelo presidente do PT, Rui Falcão, de que o partido não vai mais aceitar doações de empresas tem jeito de propaganda enganosa

O anúncio feito pelo presidente do PT, Rui Falcão, de que o partido não vai mais aceitar doações de empresas tem jeito de propaganda enganosa. Diferentemente do que sugere a direção petista, a restrição vale apenas para os diretórios da sigla. As contribuições privadas continuarão sendo aceitas pelos candidatos a todos os cargos nas campanhas eleitorais. Esse tema tem tudo para se transformar no debate mais acirrado do congresso do partido, marcado para ocorrer em Salvador entre 11 e 14 de junho.



Corrente partida
A discussão sobre o financiamento privado divide até mesmo a Construindo um Novo Brasil (CNB), corrente majoritária do PT. O ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), por exemplo, defende o recebimento apenas de verbas do Fundo Partidário e de contribuições dos militantes. Todos gostaram do recente aumento de 200% do fundo.

Questão de consciência

Dentro da CNB, os grupos que se opõem em relação às doações estão sendo chamados de “conscientes” e “inconscientes”. Os primeiros assim se intitulam por querer evitar novos escândalos. Os outros avaliam que, sem recursos de empresas, o PT terá desempenho eleitoral pífio.

Corte pela metade

O comando da Sete Brasil, empresa investigada pela Lava Jato, quer reduzir em 50% as encomendas de navios-sonda para a Petrobras. Em vez dos 28 contratados, seriam entregues 14. Essa é uma das medidas pensadas para diminuir os prejuízos e evitar a falência da empresa.



O Siga está parado

O atraso na votação do Orçamento 2015 afetou a principal ferramenta de transparência dos gastos do Estado, o Siga. O portal ainda não foi atualizado com as aplicações dos recursos públicos deste ano. Enquanto isso, os cidadãos não têm acesso aos gastos dos Três Poderes.

Vigilância virtual


A Presidência da República está selecionando especialistas em redes sociais para fazer mobilização e monitoramento na Internet. O trabalho será executado para a Secretária de Juventude e os contratos, de 10 meses, variam de R$ 80 mil e R$ 96 mil, dependendo da categoria.

Uma CPI na espreita

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinaliza que, se a PGR o denunciar no escândalo da Petrobras, ele vai instalar a CPI do BNDES. O regimento prevê a abertura de apenas mais uma comissão. Embora haja nove requerimentos para a criação de outras CPIs, Cunha tem argumentos para rejeitá-los. Hoje, existem quatro em funcionamento.

Falsa fila

Para controlar a pauta das CPIs, PT e aliados apresentaram uma série de requerimentos que podem ser descartados sem grandes conflitos com os congressistas. Um deles, por exemplo, pede investigação parlamentar sobre a “situação dos bens reversíveis em posse” das concessionárias de telefonia.

Funcef troca de comando

Encerra-se na segunda-feira 11 o mandato do presidente da Funcef, Carlos Caser. Há 4 anos no cargo, Caser não será reconduzido. Sua gestão acumulou déficits bilionários e os servidores aposentados da Caixa temem ter de pagar a conta. O desgaste na relação com os associados ficou evidente na reunião de apresentação do balanço de 2014, quando entrou em conflito com os presentes e recebeu uma estrondosa vaia. Além de Caser, também deixa o posto Carlos Borges, diretor de Participações da Funcef e acusado de manter reuniões periódicas com o doleiro Alberto Youssef na sede do fundo de pensão.

Investimento duvidoso

Recentemente, apesar da pressão do governo, os diretores indicados pelos participantes da Funcef vetaram a compra de debêntures da empresa BR Malls, administradora de shoppings centers. Eles consideraram que o investimento não era atraente. Os diretores indicados pela Caixa votaram a favor. O empate levou Caser a pedir vistas do processo para analisá-lo um pouco mais.

Toma lá dá cá

João Mestieri - Advogado do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.



ISTOÉ – Como Costa recebeu a condenação de 7 anos e 6 meses em regime semiaberto?
Mestieri – Esperava uma coisa mais benigna. Mas depois entendeu, e aceita. Respeita muito o juiz, o juízo.

ISTOÉ – Como ele está?
Mestieri – Teve pressão alta e problemas coronarianos, perdeu 12 quilos e tem somatizado o estresse.

ISTOÉ – O sr. vai recorrer?
Mestieri – Sim. Sobre o perdão judicial, a questão não está fechada. Não concordo quando ele (juiz Sergio Moro) diz que Paulo Roberto é “uma peça essencial nessa organização criminosa.”

ISTOÉ – Quanto Costa devolveu à Justiça?
Mestieri – Tudo o que devia: U$ 30 milhões.

Rápidas

* A epidemia de dengue que afeta quase 800 mil brasileiros fez pelo menos uma vítima no Congresso. O Deputado Júlio Delgado (PSB-MG) ficou fora de combate por causa do vírus. O surto se transformou em mais uma frente de questionamentos ao governo.

* Parlamentares apresentaram requerimento de convocação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para perguntar sobre o baixo investimento no combate ao Aedes Aegypit. Dos R$ 13,7 milhões previstos no orçamento, somente R$ 2,8 milhões foram executados.

* Também no tema saúde, o cantor e deputado Sérgio Reis (PRB-SP) se colocou à disposição de Arthur Chioro, para ajudar nas finanças das Santas Casas. A sugestão foi feita durante audiência da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara com Chioro.

* Para colaborar com estas instituições, que vivem grave crise financeira, o parlamentar se propõe a repetir ações que já faz para o Hospital do Câncer, de Barretos (SP). Uma das principais formas de contribuição é a participação em shows beneficentes.

Retrato falado

O Congresso promulgou na quinta-feira 7 a emenda constitucional que eleva de 70 para 75 anos a idade máxima para a aposentadoria dos ministros de tribunais superiores e do TCU. O ato retirou da presidente Dilma o poder de indicar cinco magistrados do STF que, pelas regras antigas, teriam de deixar a corte até 2018. Em rusga com governo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou o discurso para fazer uma ironia sobre o ajuste fiscal.



Um aceno para a Zona Franca

Em tempos de radicalização entre tucanos e governistas, o ministro Mangabeira Unger, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, fez um movimento na direção do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB). Na segunda-feira 4, Mangabeira esteve com Virgílio na capital amazonense e defendeu investimentos em empresas de ponta na Zona Franca – para diminuir a dependência em relação às multinacionais.



Ajuste involuntário

Arthur Virgílio aproveitou a oportunidade para reclamar que a presidente Dilma Rousseff, desde 2013, não envia recursos federais prometidos para Manaus. Segundo o prefeito, por causa da retenção, o ajuste fiscal proposto pelo governo já é praticado na cidade há muito tempo.

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