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quinta-feira, 7 de maio de 2015

PANELAÇO É LIÇÃO PARA LULA E O PT



ZERO HORA 07 de maio de 2015 | N° 18155


POLÍTICA + | Rosane de Oliveira




Se os líderes do PT ainda não tinham se dado conta de que o desgaste provocado pela Operação Lava-Jato vai muito além da rejeição à presidente Dilma Rousseff, o panelaço de terça-feira se encarregou de escancarar a realidade. A crise de popularidade atingiu também o ex-presidente Lula, que nos oito anos de mandato se beneficiou do efeito tefal: nele, nada colava.

Lula saiu ileso do mensalão. Conseguiu se reeleger e fazer de Dilma sua sucessora. Os petistas se agarraram à ilusão de que o desgaste do escândalo na Petrobras ficaria restrito à presidente e que Lula seguiria como a reserva do partido para 2018. Esqueceram que foi no mandato dele que a corrupção explodiu na Petrobras. Que foi no governo dele que cresceram as unhas de Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque, demitidos por Dilma.

Depois de anos apontando os malfeitos dos adversários, acusando sem provas e se apresentando como a face ética do país, o partido enfrenta o maior desgaste de sua história. Como diria o próprio Lula, nunca antes na história deste país tanta gente bateu panelas para expressar descontentamento com o PT.

Combinado pelas redes sociais, o protesto não ficou restrito aos bairros de classe média e alta. Esse é o primeiro dado que os líderes petistas precisam levar em conta na hora de avaliar os erros que levaram à perda do patrimônio político acumulado ao longo de 35 anos. Como Lula foi a estrela do programa em que Dilma só apareceu de relance, foi ele quem saiu chamuscado.

Antes de a propaganda ir ao ar, já se sabia que o PT anunciaria a expulsão dos filiados que vierem a ser condenados. Tentar recuperar a credibilidade com uma promessa dessas é tão inútil quanto alardear que os diretórios não vão mais receber doações de empresas privadas. Quem vai acreditar que é sincero, se os condenados do mensalão seguem filiados e se as contribuições de empresas continuam liberadas para os candidatos?

Depois do panelaço, os petistas terão de fazer um exercício de humildade, se quiserem evitar uma derrocada na eleição de 2016. Sem candidatos viáveis nas principais capitais, o PT corre o risco de passar de protagonista a coadjuvante.

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